
Além do ex-presidente Lula, pelo menos seis petistas já estão escalados para trabalhar na linha de frente do projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff. O PT quer entrar 2014 com uma equipe já organizada, a despeito de algumas divergências internas. Está dominando os dias de Dilma uma intensa agenda de reuniões para articular os eixos da campanha e acelerar a costura de alianças com outros partidos para garantir minutos a mais de propaganda eleitoral.
No grupo que formará o núcleo central da campanha, o presidente do PT, Rui Falcão, ocupará o cargo de coordenador-geral, sob orientação de Lula. A principal tarefa de Falcão, no momento, é tentar domar os petistas nos estados em torno do projeto de reeleição muitas vezes em prejuízo de projetos próprios desses petistas. Falcão é também peça-chave para pacificar os ânimos no partido neste momento que antecede o troca-troca de ministros, com a ampliação do espaço dos partidos aliados.
Edinho Silva, ex-presidente do PT paulista, deverá cuidar da agenda da presidente. Considerado homem de confiança de Lula e de Falcão, Edinho tem perfil conciliador, já que até com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, tem se dado bem.
Franklin Martins, que foi ministro das Comunicações no governo Lula, também deverá ocupar posto de destaque na campanha, embora trombando com o marqueteiro João Santana por diferenças na condução da política de comunicação do governo.
A presidente ainda irá escolher entre dois assessores aquele que será a ponte entre ela e o governo durante a campanha: Mercadante ou o secretário-executivo do Ministério da Previdência, Carlos Gabas. Um deles ficará com a Casa Civil, ocupando o lugar de Gleisi Hoffmann, que sairá para disputar o governo do Paraná. O outro irá para a campanha.
Gabas é amigo de Dilma. Um episódio recente revelou a proximidade entre os dois: foi ele quem levou Dilma para um passeio secreto de moto por Brasília em sua Harley-Davidson.
Já Mercadante, político mais experiente na articulação política, tem mostrado disciplina para conquistar a Casa Civil, embora ainda seja visto com ressalvas por muitos aliados, pelo estilo mais agressivo.
Por fim, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também deverá participar do staff para a reeleição. Cardozo é o único sobrevivente do núcleo político da campanha de eleição de Dilma, em 2010. Integrava o grupo que ficou conhecido como "os três porquinhos", junto a José Eduardo Dutra e Antonio Palocci.



