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Legislativo

PT tira mais um da eleição na Câmara Federal

Depois de inviabilizar a candidatura de Aldo Rebelo (PCdoB) ao comando da Casa, governistas obtêm a desistência de Júlio Delgado (PSB). Agora, só falta Sandro Mabel (PR) sair da disputa

Júlio Delgado: desistência em troca da quarta-secretaria para o PSB | Frederico Haikal/ Jornal Hoje em Dia
Júlio Delgado: desistência em troca da quarta-secretaria para o PSB (Foto: Frederico Haikal/ Jornal Hoje em Dia)
Aldo Rebelo (PCdoB): processo

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Aldo Rebelo (PCdoB): processo

Marco Maia (PT): a caminho de uma eleição como candidato único |

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Marco Maia (PT): a caminho de uma eleição como candidato único

BRASÍLIA - O PT conseguiu neste fim de semana dar mais um passo para garantir que o atual presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), consiga a reeleição tranquila, sem adversários, na eleição interna do Legislativo, em 1.º de fevereiro. Um dos pré-candidatos avulsos para presidir a Câmara, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), confirmou no sábado que desistiu de entrar na disputa pelo cargo.

A decisão foi tomada após uma conversa com interlocutores de Marco Maia (PT-RS), candidato oficial do governo Dilma Rousseff. O PSB, partido de Delgado, teria recebido a promessa de uma cadeira na Mesa Diretora. A expectativa é que a legenda fique com a quarta-secretaria, responsável por supervisionar o sistema habitacional da Câmara, como o pagamento de auxílio-moradia aos parlamentares.

O deputado mineiro Júlio Delgado justificou a desistência dizendo que a abertura de espaço na Mesa Diretora para o PSB significa o reconhecimento do crescimento da legenda nas urnas. "Com esse reconhecimento, não vou ser obstáculo nem continuar insistindo em algo que pode criar dificuldade para nossa base", disse ele.

O PSB deve formalizar apoio a Marco Maia nesta segunda-feira, quando o petista visitará os go­­vernadores Eduardo Campos (Per­­nambuco) e Cid Gomes (Ceará), ambos do partido de Delgado.

Falta um

A desistência de Delgado ocorreu apenas um dia depois de o PCdoB ter apoiado a candidatura do petista Marco Maia, minando as pretensões do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de disputar o comando da Câmara. Rebelo, diante da decisão partidária, também anunciou, em meio a críticas, que está fora da disputa. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Rebelo classificou de "viciado, excludente e antidemocrático" o processo que deve eleger Marco Maia.

Agora, o PT trabalha para inviabilizar a candidatura do líder do PR na Casa, Sandro Mabel (GO), que ainda avalia participar da briga mesmo com o partido anunciando que fará campanha para Maia. Amanhã, a bancada do PR oferece um jantar ao petista e espera que Mabel também anuncie sua saída da disputa.

Sem jogo ganho

Para o deputado Odair Cunha (PT-MG), um dos interlocutores do petista Marco Maia, a retirada das candidaturas de Aldo Rebelo e Júlio Delgado não representa "jogo ganho". "Não podemos achar que a situação está resolvida. As candidaturas podem ser formalizadas até a véspera da eleição. Vamos continuar trabalhando por essa unidade e por uma candidatura única", afirmou.

De acordo com aliados, a proposta de Maia para a composição da Mesa Diretora prevê, até agora, o PMDB com a primeira vice-presidência, o PP com a segunda vice-presidência, o PSDB na primeira-secretaria (espécie de tesouraria da Câmara), o DEM na segunda-secretaria, o PR na terceira-secretaria e o PSB na quarta-secretaria. A Corregedoria pode ser ocupada por alguém do PP.

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