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Partido

PT vai limitar número de mandatos de parlamentares da legenda

Nova regra começará a ser contada a partir das eleições de 2014. Os senadores petistas não poderão concorrer a mais de uma reeleição, e os deputados, a duas

O senador Paulo Paim, em seu segundo mandato, apoia a medida; já o deputado federal Arlindo Chinaglia, há 20 anos na Câmara, acredita que o partido vai perder “bons quadros” | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo; Wilson Dias/Abr
O senador Paulo Paim, em seu segundo mandato, apoia a medida; já o deputado federal Arlindo Chinaglia, há 20 anos na Câmara, acredita que o partido vai perder “bons quadros” (Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo; Wilson Dias/Abr)

Em uma tentativa de oxigenar o partido, o PT vai limitar o número de mandatos de seus parlamentares. A contagem começará a partir das eleições do ano que vem, e a medida, aprovada no 4.º Congresso da sigla, em 2011, ainda causa polêmica entre os potenciais afetados. Pela regra, incluída no estatuto do partido, os senadores petistas não poderão ter mais do que dois mandatos consecutivos, e os deputados, três.

Se a linha de corte fosse implementada já nas eleições de 2014, três dos 12 senadores do PT estariam fora da disputa, assim como 26 dos atuais 89 deputados. O mais longevo é o senador Eduardo Suplicy (SP), há 24 anos no Senado. Mesmo assim, ele concorrerá ao quarto mandato de senador.

Erro

Suplicy considera um erro o PT abrir mão de parlamentares experientes. Para ele, a melhor forma de abrir espaço para novas lideranças é com a realização de prévias: "O PSB deveria abrir mão de uma pessoa da qualidade de Luiza Erundina [deputada federal] em função de uma limitação como essa? É importante o PT abrir espaço para os mais jovens, mas a melhor maneira de escolher candidatos é por meio de prévias, e não com uma regra como essa. No partido há importantes valores [nomes]. Se quiserem ser pré-candidatos, estou pronto para disputar prévias, inclusive com partidos coligados".

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, tentou minimizar o impacto da nova regra, afirmando que os parlamentares com bagagem conquistada após vários mandatos consecutivos não sairão todos ao mesmo tempo: "O objetivo é renovar e evitar a vitaliciedade dos mandatos. Temos que promover novas lideranças".

Apesar de ser um potencial atingido pela trava imposta pelo partido, o senador Paulo Paim (PT-RS), que exerce o segundo mandato consecutivo, apoia a medida. O seu atual mandato só termina no início de 2019. Ele disse considerar boa a decisão de começar a contagem do prazo a partir das próximas eleições, para que ninguém se sinta "demitido": "É uma boa decisão, é bom fazer rodízio para que os quadros se multipliquem, acho uma experiência salutar. Em 2018 vou decidir o que fazer".

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