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São Paulo

Quatro casas atingidas por telhado de hangar são interditadas

A subprefeitura de Vila Mariana interditou quatro das seis casas que foram atingidas pelo telhado do hangar da TAM, na Rua João Carlos Mallet, nas proximidades do aeroporto de Congonhas. A princípio uma das residências tinha sido condenada, mas depois da vistoria, a subprefeitura informou que a casai não terá que ser demolida. Um imóvel foi parcialmente liberado e a outro totalmente liberado. A casa liberada, no entanto, não estava sendo ocupada.

Um dia depois do vendaval de até 108 km por hora que atingiu a zona sul de São Paulo, acompanhado por uma saraivada de 200 raios, moradores da região contabilizaram os prejuízos. Foram caixas d'água quebradas, telhas destruídas, muros e beirais danificados. Em algumas casas, os fios foram cortados e elas estão sem luz. A TAM se comprometeu a pagar a reforma e deve disponibilizar seguranças para cuidar das casas interditadas à noite e evitar saques, aumentando o prejuízo. Os moradores desalojados passaram a noite em um hotel e deverão continuar hospedados com as despesas pagas pela empresa aérea.

O temporal acompanhado do vendaval trouxe mais prejuízos. Árvores caíram sobre carros e sobre as redes de energia elétrica. Pelo menos 135 semáforos ficaram apagados entre a meia noite e às 14 horas desta quarta, provocando muita confusão no trânsito. Vários bairros ficaram sem energia por até 16 horas. Em alguns, padarias tiveram que jogar bolos, tortas e doces fora. Um delas contabilizou prejuízo de até R$ 5 mil.

Os pedaços dos quatro hangares de Congonhas que tiveram telhados e parte de suas estruturas arrancadas voaram até 300 metros de distância. Além das casas, 10 carros foram danificados. Ventos de até 90 km - com picos de 108 km - atingiram o aerporto durante a forte chuva que castigou a região.

- Relâmpagos, trovões. Aí pensei, meu Deus, é um avião que está caindo - contou Aurea Maria, uma das moradoras do entorno de Congonhas.

Antonio Antonucci afirmou que a mulher, grávida de 8 meses, também achou que um avião tinha caído.

Outra moradora, Ema Ferreira, afirmou que deu graças a Deus de a estrutura não ter atingido a parte da casa onde estavam as crianças.

Parte da estrutura metálica que caiu sobre as casas foi retirada nesta manhã com guindaste. As duas ruas continuam interditadas. A energia elétrica, segundo a Eletropaulo, foi restabelecida por volta de 10h da manhã nas ruas próximas e na Avenida dos Bandeirantes.

Dos 195 imóveis que ficaram sem energia a partir de 16h desta terça, 90% tiveram o serviço restabelecido por volta de 22h10m. A concessionária informa que 536 imóveis continuam sem energia elétrica na zona sul e a previsão é que o serviço seja restabelecido no meio da tarde. Restaurantes que ficaram sem refrigeração tiveram de jogar comida fora. Uma churrascaria também teve o teto arrancado.

Os raios e a queda de energia elétrica provocaram ainda um apagão nos semáforos da zona sul. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que 108 cruzamentos ficaram sem semáforoentre meia noite e 10h45m da manhã desta quarta. Destes, 58 foram consertados e equipes continuam nas ruas para consertar os que ainda não funcionam.

Cerca de 200 raios caíram apenas na zona sul. Segundo o balanço da Eletropaulo, este verão foi o segundo com maior incidência de raios na região metropolitana nos últimos sete anos. As descargas danificaram duas linhas de subtransmissão e deixaram 195 mil imóveis sem energia.

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