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Morreu hoje a esperança de grande parte dos deputados ruralistas de votar o Código Florestal ainda no mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com quórum baixo, a Câmara não conseguiu avançar na apreciação do projeto. Ontem, os parlamentares da bancada também se esforçaram em levar a votação adiante, mas a tentativa caiu por terra mesmo com a abertura de uma sessão extraordinária para buscar votar projetos de interesse dos líderes partidários.

Outra sessão extra terá início ainda esta noite no plenário, mas a lista de projetos já indicados para apreciação é grande. Envolve, por exemplo, a possibilidade de reabertura dos bingos, o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza e alterações na Lei Kandir.

O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) salientou que seria preciso um total de 247 votos favoráveis ao novo Código Florestal. "Para isso, teríamos de contar com mais de 400 parlamentares na Casa, mas temos pouca gente e não dá para colocar uma matéria polêmica como esta sem um quórum qualificado", observou.

Porém, o deputado gaúcho não desiste. Disse que trabalhará amanhã para a votação do Código Florestal e, se não obtiver sucesso, retomará com o tema na terça-feira da semana que vem. Por mais que as palavras escolhidas fossem de otimismo, o tom da voz de Heinze era de desânimo enquanto conversava com a reportagem.

Nos corredores do Congresso, a avaliação dos deputados que representam o campo é a de que o tema ficou mesmo para 2011. A maioria, no entanto, não dá a batalha como oficialmente perdida.

O relatório do novo documento foi elaborado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e aprovado em julho pela Comissão Especial do Código Florestal. Segundo o parlamentar, a pressa da votação pelo Congresso explica-se porque o documento altera a legislação ambiental atual, que, segundo ele, impõe ilegalidade a cerca de 90% das propriedades agrícolas. Os deputados ambientalistas comemoram o enfraquecimento da bancada ruralista nesta questão.

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