
A presidente Dilma Rousseff chegou de metrô ao evento de inauguração da Estação Pirajá, em Salvador, primeiro compromisso da agenda que cumpre no Nordeste na manhã desta terça-feira (22). Ela estava acompanhada do ministro das Cidades, Gilberto Kassab; do governador da Bahia, Rui Costa, e do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), além de deputados estaduais e federais.
Com metade do público formado por simpatizantes da presidente e outra metade de seguidores do prefeito, a recepção foi marcada pela divisão entre gritos de “não vai ter golpe” de um lado da plateia e vaias de outro, de onde também vinham gritos de “ACM presidente do Brasil”. Um telão exibia imagens da presidente percorrendo a estação e tocando tambor do tradicional bloco afro de Salvador, Ilê Ayê.
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Conciliação
Em meio a esta divisão do público, o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), disse que não foi a disputa política e nem as brigas partidárias que viabilizaram o “sonho” de Salvador em inaugurar mais uma estação de metrô.
Oposicionista, disse que suas palavras na cerimônia seriam de reconciliação. E pediu que os grupos oposicionistas que estavam no local para protestar evitassem o confronto. “Nem a presidente [Dilma] e nem o governador [o petista Rui Costa] merecem que esse dia de festa se transforme em palco de guerra”, afirmou em breve discurso.
ACM Neto disse também que em 2013, quando estava quatro meses à frente da prefeitura de Salvador, buscou o caminho do entendimento, estabelecendo acordo com o governo federal e o estadual. “Colocamos os interesses da cidade em primeiro plano, deixando de lado as disputas eleitorais, essa é a demonstração da responsabilidade política, do compromisso público e da cidadania.”
Apesar dos afagos, lembrou que a sua gestão municipal tem participado de todas as etapas de execução da obra, inclusive com aporte de R$ 2,5 bilhões.



