
Apostando no discurso de que Curitiba precisa recuperar sua capacidade de inovação, o ex-deputado federal Gustavo Fruet foi oficializado ontem de manhã, na convenção do PDT, como candidato do partido à prefeitura. Fruet terá o apoio do PV e do PT.
"A cidade mudou de escala e exige novas soluções", disse Fruet em seu primeiro discurso oficial como candidato. "Há novos desafios principalmente na área da saúde, segurança e mobilidade." O pedetista também deve apostar na insatisfação do curitibano com as deficiências do poder público municipal. "A cidade passa por pressão no serviço público, o que demonstra que houve uma estagnação desse modelo de planejamento", disse ele, criticando a atual administração, comandada pelo prefeito Luciano Ducci (PSB), candidato à reeleição.
Outro ponto que deve ser usado na campanha de Fruet é uma suposta ingerência do governo estadual na prefeitura. "Curitiba não é um departamento do governo do estado e sua administração não pode ser uma tarefa secundária do governador", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT), um dos principais cabos eleitorais de Fruet. O governador Beto Richa (PSDB) é aliado de Ducci.
Paulo Bernardo ainda afirmou que, embora o PT tenha se dividido entre ter candidatura própria ou apoiar o pedetista, agora o partido está unido com Fruet. O PT inclusive indicou a advogada Miriam Gonçalves como vice.
Além de Bernardo e de Miriam, a convenção do PDT ainda foi prestigiada pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), e pelo ex-senador Osmar Dias (PDT). Centenas de militantes também compareceram ao ginásio do Clube Thalia, no Centro de Curitiba, e deram à convenção um clima de festa eleitoral.
Vereadores
A aliança entre o PDT e o PT, porém, pode não se repetir na chapa de vereadores. O PDT já se coligou ao PV na eleição proporcional. Mas o PT decidirá até o próximo sábado se lançará candidatos de forma independente ou se vai se aliar ao chapão hoje formado pelas outras duas legendas.



