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Cascavel

Reeleito, Edgar Bueno diz que novo mandato será de muito trabalho

Edgar Bueno (PDT), prefeito de Cascavel

O prefeito reeleito de Cascavel, Edgar Bueno (PDT), afirma que nos primeiros quatro anos pagou muitas dívidas de precatórios, mas conseguiu colocar as finanças do município em dia. Para o próximo ano, ele terá um orçamento de R$ 691,3 milhões. Bueno diz que está se antecipando em busca de novos recursos para cumprir uma das principais promessas de campanha: asfaltar 100% da cidade. O projeto mais arrojado, no entanto, pretende reformular a região central de Cascavel e vai exigir investimentos de R$ 115 milhões financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento.O sr. encerra um mandato e começa um novo. Qual avaliação que dos últimos quatro anos?

Foram quatro anos de dificuldades, qualquer prefeitura do Brasil hoje está em dificuldade. Tivemos muitos empecilhos com a burocracia, mas graças a Deus podemos dizer que foram quatro anos positivos. Pagamos contas antigas, precatórios, praticamente metade do dinheiro da prefeitura foi para pagar contas antigas. Pagamos, liquidamos, continuamos pagando ainda alguns precatórios e melhoramos o crédito do município e ao melhorarmos o crédito abriram-se as portas para novos financiamentos. Conseguimos dinheiro em Brasília, conseguimos dinheiro em Curitiba e com todas as dificuldades construímos quase 400 obras, algumas nem foram inauguradas. Posso dizer que foram anos promissores, de muitos avanços e da reconquista da credibilidade do município junto aos Tribunais de Contas do Paraná e da União.

Ao final do segundo turno o sr. mostrava preocupação em fechar o caixa. Como está essa questão?

Essa é uma preocupação permanente, do primeiro, segundo, terceiro e quarto ano, quando se fecha o caixa de uma gestão. Claro que nós temos algumas dificuldades, mas estamos administrando. Pagamos o 13º junto com o salário de novembro. Está tudo sob controle.

Porque o sr. decidiu exonerar quase 200 servidores que ocupam cargo de confiança a partir do dia 20?

Tem alguns motivos. Ajuda no ajuste do caixa e ninguém é dono do cargo. É importante que as pessoas tenham essa consciência. Então para voltar a estar comigo vai ter que reconquistar [o cargo], assim como nós reconquistamos através do voto popular e com a ajuda de tanta gente nós renovamos nosso mandato. As pessoas [servidores] não podem vir com aquela sensação de que é dona absoluta do cargo dizendo "eu nem queria mais, mas o prefeito está me chamando". Esse tipo de argumento não serve. Nós temos quatro anos de muita responsabilidade pela frente, eu quero muito dinamismo em toda a minha equipe. Não posso ficar discutindo um cargo enquanto tem um secretário lá, lotado nesse cargo. Todos estarão fora a partir do dia 20 e a partir desse dia eu começo a discutir a nova equipe.

Tem algum secretário atual que o sr. não abre mão para o próximo mandato?

Não existe isso. A partir do dia 20 a gente abre para esse tipo de conversa.

Qual sua expectativa com relação à nova Câmara?

É importante a Câmara recuperar a sua credibilidade, que seja instrumento para ajudar a melhorar, aprovar projetos importantes de desenvolvimento para Cascavel, inclusive hoje tem alguns vereadores da oposição que desaprovam tudo. Esse tipo de coisa é uma ação de oposição fracassada, estão vivendo em outro mundo. A oposição respeitada pelo público e tende a conquistar mais credibilidade na sociedade quando ela é uma oposição que critica o que realmente está errado e ajuda a apoiar aquilo que está certo. Nem tudo o que o governo manda [para o Legislativo] está errado. Então eu espero que aqueles que farão oposição tenham responsabilidade.

E os desafios para 2013? Qual sua expectativa para o próximo mandato?

Vamos trabalhar e trabalhar. Nós estivemos ontem [12/12] com o governador Beto Richa, já montamos um projeto de asfaltamento. Nós vamos buscar empréstimo do ParanaCidade para que possamos desenvolver esse grande projeto de asfaltamento. Eu tenho compromisso e vou honrá-lo, nos próximos quatro anos eu vou asfaltar todas as ruas que ainda não têm asfalto em Cascavel. É um trabalho muito grande, que envolve muito dinheiro, mas nós já estamos nos antecipando porque a questão burocrática nos segura seis, sete oito meses. Estamos planejando com toda a velocidade agora antes da virada do ano e se tudo der certo começa em outubro ou novembro [de 2013] por aí.

Reestruturar o centro de Cascavel foi sua principal promessa de campanha e vai exigir investimentos altos. Como está esse projeto?

Temos um grande projeto para Cascavel com investimentos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Esse projeto nós estamos trabalhando há dois anos e meio, elaborando, estudando, recebemos missões do próprio BID e conseguimos concluir esse grande projeto. Agora temos que resolver questões de impacto de vizinhança, impacto ambiental, IAP. São questões que burocraticamente vão engolindo teu tempo. O próximo passo é encaminhar para o Senado para que ele aprove nosso pleito [empréstimo internacional] e aí nós podemos iniciar o processo de licitação das obras. Está programado, temos a fonte financiadora para poder fazer esse trabalho que é um compromisso nosso. Tenho certeza que vai orgulhar a população de Cascavel.Há possibilidade de criar novas secretarias?

Tem algumas necessidades, mas nós temos preocupação em aumentar os gastos públicos, temos questões a ser acertadas. As vezes mesmo na necessidade você acaba não criando para não aumentar despesas. Eu não tenho isso ainda definido, mas pode aconteceu de se extinta uma e criada mais duas.

Em que áreas o sr. vê necessidade?

Não dá para dizer isso ainda. Eu acho que o BID é um projeto tão importante que deveria ter um secretário temporário, ou seja, até acabar o projeto do BID, não seria uma secretaria permanente. Uma secretaria para cuidar de tão importante, de tão sério e de tão exigente que é o BID. Nós poderíamos criar uma estruturinha pequena, usando a equipe do Planejamento para que alguém esteja cuidando desse assunto dia e noite.

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