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Governo do estado

Reforma do Palácio Iguaçu vai custar R$ 23,5 milhões

Requião assina hoje a ordem para o início das obras, que têm previsão de término para outubro. Os vidros verdes na fachada serão a principal novidade

Confira o histórico do Palácio Iguaçu |
Confira o histórico do Palácio Iguaçu (Foto: )
Imagem artística de como será o interior do Palácio Iguaçu, com os vidros verdes ao fundo |

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Imagem artística de como será o interior do Palácio Iguaçu, com os vidros verdes ao fundo

Fachada atual do prédio: polêmica sobre a transparência dos vidros |

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Fachada atual do prédio: polêmica sobre a transparência dos vidros

O governador Roberto Requião (PMDB) assina hoje a ordem de serviço que vai dar início à reforma do Palácio Iguaçu, a sede do governo estadual, no Centro Cívico, em Curitiba. A restauração do prédio custará R$ 23,5 milhões – um valor 4,9% menor do que o máximo previsto no edital de licitação, que estipulava gastos de até R$ 24,7 milhões. Segundo o secretário estadual de Obras, Júlio Araú­­jo Filho, a restauração de todo o edifício deve ocorrer até o fim de outubro.

É a primeira reforma do Palácio Iguaçu desde que foi inaugurado, em 1953. A obra prevê a substituição das instalações elétricas e hidráulicas, o reforço da estrutura do prédio, assim como a modernização de seu interior – que contará com novas tecnologias de controle e automação, internet sem fio, segurança, proteção contra incêndio e novo sistema de ar condicionado.

O prédio abrigou o governo estadual até maio de 2007, quando houve a mudança provisória de sede para o Palácio das Araucárias, também localizado no Centro Cívico.

Projeto original

O secretário de Obras afirma que a reforma pretende resgatar características do projeto original, que nunca chegou a ser finalizado. Uma delas é a instalação de vidros esverdeados na fachada do Palácio Iguaçu – em substituição aos transparentes de hoje. O verde é a cor original do projeto, do arquiteto David Xavier Azambuja. Mas, na época, os vidros desse tipo não teriam sido instalados porque eram caros demais.

Um grupo de arquitetos se insurgiu contra a ideia de mudar a fachada do Palácio Iguaçu. Em setembro de 2008, o coordenador do curso de Arquitetura e Ur­­­banismo da Universidade Positivo, Orlando Ribeiro, e outros professores e representantes de organizações da área procuraram o Ministério Público a fim de impedir que ocorressem mudanças na fachada do prédio. Eles reivindicavam que fossem mantidos os desenhos das esquadrias da fachada, o uso de vidro transparente e os pilares livres de intervenções das lages. O MP então intermediou uma reunião com representantes da Secretaria de Obras, na qual os arquitetos expuseram suas preocupações.

Segundo Júlio Araújo, a reforma não trará alterações na fachada do prédio. "Vamos recuperar a to­­­nalidade esverdeada do projeto ori­­­ginal, logicamente mantendo a transparência dos vidros", disse ele. "Na época (em 2008) houve uma preocupação de que a fachada ficasse opaca, mas isso não vai acontecer." Segundo ele, o vidro a ser usado é esverdeado, mas a fa­­chada vai continuar transparente.

Ao saber que o projeto de execução da reforma do Palácio Igua­­­çu irá iniciar, o arquiteto Orlando Ribeiro disse ontem que vai entrar em contato com a Se­­­­cretaria de Obras, para saber dos detalhes da construção. "O nosso interesse é que seja mantido o desenho original das esquadrias e a transparência do vidro que será colocado. A transparência tem forte significado não só para a arquitetura, mas também traz o significado de transparência pública."

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