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Renan ameaça tornar PMDB independente

Parlamentar reclama da perda de espaço de representantes do partido na reforma ministerial de Dilma para o segundo mandato

Neri Geller, ex-ministro da Agricultura, na posse de Katia Abreu : ausência de peemedebistas | Valter Campanato/ABr
Neri Geller, ex-ministro da Agricultura, na posse de Katia Abreu : ausência de peemedebistas (Foto: Valter Campanato/ABr)
Kassab comandará as Cidades |

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Kassab comandará as Cidades

Portador da insatisfação do PMDB no Senado por ter perdido influência na reforma ministerial, o presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), avisou a ministros que o partido não aceitará perder as indicações para o segundo escalão no governo. Em reunião na sexta-feira na casa do presidente do PMDB e vice de Dilma, Michel Temer, Renan disse aos ministros Aloizio Mercadante (casa Civil), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Pepe Vargas (Relações Institucionais) que se isso ocorrer o partido vai declarar independência em relação ao Palácio do Planalto.

Dono da maior bancada, com 19 dos 81 senadores, o PMDB do Senado considera que foi "humilhado" por Dilma na reforma. O partido decidiu não dar mais apoio irrestrito ao governo Dilma.

No primeiro mandato da petista, o partido comandava as pastas de Minas e Energia, do Turismo e da Previdência Social. A legenda avaliava que seria agraciado com, pelo menos, dois ministérios de peso, como Cidades e Integração Nacional.

Na reforma, entretanto, Dilma não atendeu aos pedidos da cúpula do PMDB, embora tenham garantido quatro pastas: mantiveram os ministérios de Minas e Energia e do Turismo e ganharam o da Agricultura - embora a senadora Kátia Abreu não tenha sido considerada cota do partido - e a Secretaria da Pesca.

Em um tom duro, Renan afirmou que, se o governo retirar os nomes do segundo escalão que o PMDB tem no Nordeste, será uma declaração de "guerra" à bancada. Chegou a ironizar ao dizer que, dessa forma, o Planalto terá de se socorrer no Senado de Kassab e de Cid Gomes."Nunca vi o Renan daquele jeito", afirmou ao um peemedebista presente ao encontro.

Ministra sofre boicote do partido na posse

Folhapress A bancada do PMDB no Senado não foi à posse, ontem, da nova ministra da Agricultura, a senadora do partido Kátia Abreu (TO). Dos 19 integrantes do partido na Casa, apenas dois estiveram na solenidade: o senador licenciado Eduardo Braga (PMDB-AM), novo titular do Ministério de Minas e Energia, e o senador Valdir Raupp (RO).

A cúpula do partido – a maior bancada do Senado – está irritada com a reforma ministerial feita pela presidente Dilma Rousseff para seu 2.º mandato. Embora o PMDB tenha ampliado de cinco para seis o número de ministérios na Esplanada, a legenda considera que conseguiu pastas com pouca capilaridade e força política. Avaliam ainda que Kátia Abreu foi uma escolha pessoal de Dilma. A nova ministra é recém-filiado ao PMDB. Apesar disso, na solenidade em que recebu o cargo do ex-ministro Neri Geller, Kátia fez questão de agradecer o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e todos os senadores do partido.

Sem guerra

A ministra disse ainda que não vai travar nenhuma "guerra" no governo nem vai aceitar qualquer "provocação" que prejudique seu trabalho. Em meio às críticas de setores rurais , de movimentos sociais e de defendores do meio ambiente contrários à sua escolha, a peemedebista disse que sua postura será de "diálogo" com todos.

Pros rejeita Cid Gomes como "cota" da legenda

Folhapress

O comando nacional do Pros atribuiu a indicação de Cid Gomes (Pros) para o Ministério da Educação a uma "escolha pessoal" da presidente Dilma Rousseff.

Em nota divulgada ontem, a sigla considera que Cid não representa o Pros no primeiro escalão do governo, apesar de afirmar que o nome do ex-governador do Ceará é "motivo de orgulho" para o partido.

"Para o Pros, a escolha pessoal da presidente é motivo de orgulho e demonstra a qualidade do quadro de filiados que possuímos", diz o texto.

Nos bastidores, a cúpula do Pros articulou a nota para marcar posição pública, considerando a nomeação do ministro como da "cota pessoal" de Dilma. Em rota de colisão com membros da sigla, Cid não descarta deixar o Pros.

Integrantes do partido afirmam que o ministro negocia sua filiação com o PT, partido de Dilma, o que não é confirmado pelo ex-governador do Ceará. Com a possibilidade de saída, o Pros quer desvincular do partido a escolha de Cid --abrindo caminho para futuras novas negociações com a presidente.

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