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Renan Calheiros negou à reportagem da Época saber do vínculo da empresa com sua funcionária | Alan Marques/Folhapress
Renan Calheiros negou à reportagem da Época saber do vínculo da empresa com sua funcionária| Foto: Alan Marques/Folhapress

Caso extraconjugal

Há 6 anos, escândalo fez senador perder presidência da Casa

Já ficou para trás os tempos difíceis em que o romance extraconjugal entre o então todo poderoso presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a jornalista Mônica Veloso movimentou as varas de família em Brasília e quase provocou a perda de seu mandato. O "inferno" de Renan começou quando a revista Veja divulgou que um lobista da empreiteira Mendes Júnior, Cláudio Gontijo, pagava o aluguel de R$ 4.400 mensais de um apartamento onde morava a jornalista com as duas filhas. O lobista, segundo a denúncia, também pagava R$ 12 mil mensais de pensão para a filha de Renan. Com o estouro do caso, para não ser cassado, Renan renunciou à presidência do Senado.

Renan, porém, recuperou seu prestígio e hoje é favorito à presidência do Senado. O escândalo também não foi ruim para Mônica. Hoje, aos 44 anos, ela está em plena forma e com o cofre cheio pela gorda pensão paga pelo senador, o cachê da revista Playboy e o saldo de emprego com salário invejável de jornalista famosa. Ela inclusive é uma celebridade da sociedade belo-horizontina.

Atualmente em um relacionamento com o empresário mineiro Paulo Henrique Vieira, Mônica também faturou com o lançamento de sua biografia: O Poder que Seduz. No livro, relata que viveu com Renan uma "paixão louca".

  • Mônica Veloso: celebridade

Favorito para ser eleito presidente do Senado no mês que vem, Renan Calheiros (PMDB-AL) usou a verba da Casa para pagar uma empresa ligada a uma das funcionárias de seu gabinete. O filho do senador, o deputado federal Renan Filho (PMDB-AL), também direcionou recursos públicos da Câmara para a mesma empresa.

Segundo reportagem publicada na revista Época que chegou às bancas no sábado, os dois pagaram R$ 110 mil para o Ibrape entre agosto de 2011 e outubro do ano passado. O sócio principal da empresa, supostamente especializada em pesquisas, é Francivaldo Diniz, marido de Edênia Sales, secretária de Renan em seu escritório político em Maceió.

Edenia era sócia do Ibrape até março do ano passado. Seu salário no Senado é de R$ 12.811. De acordo com a revista, ela diz trabalhar para Renan há 14 anos. Afirma ser responsável por marcar audiências para o senador em Alagoas. Também cuida da correspondência recebida pelo parlamentar.

Renan negou saber do vínculo da empresa com sua funcionária e disse que contratou o Ibrape porque é o "melhor instituto de pesquisa do estado". O senador não revelou à Época quais pesquisas o instituto fez para ele. O dono da empresa também afirmou não se lembrar qual foi o trabalho prestado ao senador e ao seu filho: "São pesquisas que a gente faz sobre os problemas e as demandas de cada município".

Renan Filho não deu entrevistas. A funcionária de Renan disse não "ver motivo para o senador se privar de um serviço bom" só por causa da sua relação pessoal com o proprietário do instituto.

O senador e seu filho se valeram da verba de gabinete, dinheiro reservado aos parlamentares para cobrir despesas relativas ao exercício do mandato. O gabinete de Renan fez dois pagamentos de R$ 8 mil para o Ibrape, nos meses de agosto e setembro de 2011. Já o deputado fez sete repasses para a empresa, entre janeiro e outubro do ano passado, no valor total de R$ 94.500.

Outro filho de Renan, Remi Calheiros, também contratou os serviços do Ibrape para a sua campanha a prefeito de Murici, no interior de Alagoas, no ano passado. Ele foi eleito com mais de 50% dos votos válidos na cidade.

Renan já ocupou a presidência do Senado, mas teve que renunciar ao cargo em 2007, quando foi revelado que o lobista de uma grande empreiteira pagava as despesas de um filho que Renan teve fora do casamento (veja box acima). Ele também foi acusado de usar laranjas, notas frias e negócios com gado para ocultar o seu patrimônio. Na época, o senador deixou o cargo por meio de um acordo político para evitar a sua cassação.

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