
A revolta do PMDB pela divisão de cargos no governo Dilma causou ontem duas saia-justas para o novo governo. Os peemedebistas boicotaram as cerimônias de transmissão de cargo de dois ministros petistas: o das Relações Institucionais, Luiz Sérgio (foto), e o da Saúde, Alexandre Padilha que ocupou o cargo das Relações Institucionais no governo Lula.
A rebelião peemedebista levou Dilma a convocar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para uma reunião de emergência hoje da manhã, com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, os líderes da legenda na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) e no Senado, Renan Calheiros (AL), o presidente interino do partido, senador Valdir Raupp (RO), e líderes como o senador eleito Eunício de Oliveira (CE) e o deputado Eduardo Cunha (RJ). Da parte do governo, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, está prometendo aos peemedebistas que apesar de eles terem perdido cargos importantes, vão ser recompensados por outros, com orçamentos semelhantes. Até agora, o PT tomou do PMDB a Secretaria de Atenção à Saúde (orçamento de R$ 45 bilhões), Correios (R$ 12 bilhões) e Fundação Nacional da Saúde (Funasa, orçamento de R$ 5 bilhões).



