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investigado

Richa diz ser absurda abertura de 2º inquérito contra ele no STJ

Pedido de abertura de investigação, que partiu da PGR, se baseia em supostas fraudes na concessão de licenças ambientais na região do Porto de Paranaguá

Beto Richa, na Expolondrina, promovida pela Sociedade Rural do Paraná | Arnaldo Alves/ANPr
Beto Richa, na Expolondrina, promovida pela Sociedade Rural do Paraná (Foto: Arnaldo Alves/ANPr)

O governador Beto Richa (PSDB) disse, em entrevista ao ParanáTV 1ª Edição, da RPC, considerar um “absurdo” a abertura de um segundo inquérito contra ele no Superior Tribunal de Justiça (STJ), desta vez a respeito de supostas irregularidades apuradas na concessão de licenças ambientais na região do Porto de Paranaguá, no Litoral do estado. Segundo o tucano, esse tema é de responsabilidade do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e sequer passa pelas mãos dele. “Estou absolutamente tranquilo”, declarou.

O pedido para que a investigação fosse aberta partiu do vice-procurador-geral da República, José Bonifácio Andrada. O caso está em segredo de Justiça e foi iniciado a partir de uma operação realizada na cidade litorânea.

Ao comentar o caso em coletiva de imprensa na cidade de Londrina, na manhã desta sexta-feira (31), Richa afirmou que as licenças expedidas pelo IAP se baseiam em avaliações técnicas e sequer passam por ele. “Nem a avaliação, nem a autorização, muito menos a assinatura. Só não entendi onde é que estou envolvido nisso. Não tenho o menor receio. Confio na Justiça e sou o maior interessado que isso seja investigado com muita profundidade e que se esclareça o mais rápido possível”, defendeu-se.

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O tucano ainda teceu elogios à própria gestão na atração de indústrias para o estado, que, segundo ele, justificaria o número cinco vezes maior de licenças expedidas pelo IAP anualmente na comparação com o governo anterior – 8 mil contra 40 mil. “O Paraná é outro. O dinamismo de hoje exige maior velocidade na emissão de licenças, nas análises técnicas, nos projetos. Há um grande número de empresas e indústrias se instalando no estado. É o maior ciclo industrial da nossa história. Tudo isso demanda licença ambiental.”

Pedido da PGR

No pedido que embasou a abertura do inquérito contra Richa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o compartilhamento de provas obtidas em uma investigação policial de 15 dias atrás realizada em Paranaguá. Também teria sido solicitado que sejam ouvidas pela Polícia Federal (PF) − em até 30 dias − três pessoas ligadas ao IAP.

Os nomes são os de Venilton Pacheco Mucillo, Luiz Tarcisio Mossato e Theodócio Jorge Atherino. Mossato é presidente do IAP e foi alvo, em junho de 2015, de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que cumpriu mandados de busca e apreensão em sua residência.

A Operação Superagüi foi desencadeada por causa de uma licença ambiental, com suspeita de irregularidades, concedida para um pátio de caminhões, às margens da BR-277, que incluiu a derrubada de 10 hectares de vegetação em Paranaguá. Posteriormente, a obra acabou sendo embargada pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio).

Luiz Tarcisio Mossato é presidente do IAP desde 2011 e chegou a ser afastado liminarmente do cargo, a pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR), em maio de 2015. No entanto, ele recorreu e conseguiu permanecer no posto. Segundo o MP-PR, o presidente do IAP responde a ações de improbidade administrativa e abuso de autoridade, e também a processos penais, por suspeitas de irregularidades em licenças ambientais.

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