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Primeira reunião do governador Beto Richa com seu secretariado neste novo mandato ocorreu ontem. Encontros futuros estão previstos para a apresentação de números | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Primeira reunião do governador Beto Richa com seu secretariado neste novo mandato ocorreu ontem. Encontros futuros estão previstos para a apresentação de números| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

R$ 41,7 milhões é o total gasto, em novembro, com as principais gratificações do estado.

3.534 pessoas ocupavam cargos em comissão no governo estadual, em novembro de 2014, sendo 865 servidores concursados que ocupam funções de chefia.

42.229 é o número de trabalhadores temporários, em novembro, sendo que a maioria (40.156) fica na área da Educação.

R$ 204 milhões é o total gasto, por ano, com o pagamento de comissionados.

Medidas para contenção de gastos pautaram a primeira reunião do governador Beto Richa (PSDB) com seu secretariado neste segundo mandato, realizada ontem. Escalado como porta-voz do governo, o secretário-chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra (PSD), disse que o principal objetivo da reunião era orientar os secretários sobre as medidas de austeridade já tomadas e as que devem ser implementadas pelo governo. Sciarra anunciou, também, que o governo deve mandar novas mensagens à Assembleia Legislativa, que podem mexer com as gratificações dos servidores.

Apesar de sinalizar a contenção de gastos, o governo não apresentou estimativas ou metas do quanto pretende economizar. Cada secretaria deverá estudar as medidas que tomará, na linha "corte-se onde puder cortar". Tampouco foram definidos prazos para a apresentação de resultados. Em reuniões futuras, sem data definida, os números serão colocados na mesa e o governador deverá fazer um balanço.

A indefinição se contrapõe à rapidez com que o governo elaborou e aprovou na Assembleia, no fim de 2014, o "pacote de maldades" composto por medidas que incidem sobre a população, como a taxação de aposentados e o aumento de impostos.

Na reunião de ontem, a Secretaria de Planejamento, comandada por Sílvio Barros (PHS), apresentou ao governador uma exposição sobre as metas de curto, médio e longo prazo. De acordo com Sciarra, o governo deve voltar a realizar contratos de gestão com os secretários. Essa medida havia sido tomada no início do primeiro mandato, mas foi deixada em segundo plano a partir de 2013. As metas específicas desses contratos, que não englobam os cortes de gastos, estão sendo discutidas e devem ser anunciadas nos próximos três meses.

Segundo Sciarra, o governo sofreu com uma arrecadação abaixo do previsto no último ano e está tomando medidas para readequar as despesas.

O principal objetivo das medidas anunciadas no início do ano, por exemplo, por meio de 18 decretos, é reduzir o custeio da máquina estatal em R$ 1 bilhão, para possibilitar um maior investimento nos próximos anos – a meta é atingir, no médio prazo, um ritmo de investimento de R$ 5 bilhões ao ano. "Vivemos um momento de dificuldades de arrecadação. As receitas previstas não vão ser efetivadas pela piora no momento econômico no país. O Paraná não é uma ilha", disse Sciarra.

Novas propostas estão sendo estudadas pelo governo, segundo o secretário. Para reduzir o impacto da folha de pagamento, a situação de servidores temporários "será analisada". É possível, também, que haja "ajustes" nos ganhos adicionais dos servidores – incluindo gratificações e bonificações.

Segundo o secretário, há também uma determinação de que o número de comissionados seja limitado ao mínimo necessário – de acordo com ele, até o momento, apenas cargos considerados essenciais foram ocupados. No final de 2014, eram 3,5 mil pessoas em cargos de confiança, que custavam ao ano R$ 192 milhões.

O secretário disse que novos projetos devem ser enviados à Assembleia para fazer algumas correções. Segundo ele, as mudanças já estão definidas ‘conceitualmente’, mas ainda não foram decididos os detalhes. Também não há uma previsão de qual é a diferença entre o que o estado previa arrecadar em 2014 e pode, de fato, arrecadar em 2015.

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