• Carregando...
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

O ex-deputado federal Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB), que renunciou ao mandado na Câmara na quarta-feira (31), foi internado no Hospital da Unimed, em João Pessoa (PB), às 12h49 desta quinta-feira (1º), informou a assessoria de imprensa do hospital.

Segundo o hospital, Ronaldo foi atendido por um gastroenterologista - médico que cuida de distúrbios do aparelho digestivo -, mas será acompanhado pelo cardiologista Demóstenes Cunha Lima, que é da família.

Um boletim médico sobre o estado de saúde do ex-deputado deve ser divulgado ainda nesta quinta.

Segundo a assessoria de imprensa do governador do estado, Cássio Cunha Lima (PSDB), filho de Ronaldo, o ex-deputado sofreu uma arritmia cardíaca e acabou sendo internado para ficar em observação, mas seu quadro é estável.

Renúncia

Cunha Lima renunciou ao cargo no início da tarde de quarta sob a alegação de que queria ser julgado pelo crime de tentativa de homicídio sem o foro privilegiado, "apenas como cidadão".

O Supremo Tribunal Federal (STF) havia marcado para a próxima segunda-feira (5) o julgamento de um processo contra Cunha Lima, acusado de tentativa de homicídio.

Crime

Em 1993, quando exercia o mandato de governador, Cunha Lima discutiu e atirou três vezes contra o ex-governador do estado Tarcísio de Miranda Buriti. A discussão teria sido provocada por críticas do ex-governador ao filho de Ronaldo, o atual governador do estado, Cássio Cunha Lima (PSDB), então superintendente da Sudene.

Buriti sobreviveu aos tiros, embora tenha ficado alguns dias em coma. Dez anos depois do crime, Buriti morreu de falência múltipla dos órgãos. Desde então, Ronaldo Cunha Lima responde a ação penal por tentativa de homicídio.

Manobra

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, relator da ação penal que corria no tribunal contra o ex-deputado, o acusou de ter manobrado para escapar de seu julgamento na mais alta corte do país.

"Esse homem manobrou e usou de todas as chicanas processuais por 14 anos para fugir do julgamento. O ato dele é um escárnio para com a Justiça brasileira em geral e para com o Supremo em particular", disse.

Suplente

Walter Brito Neto (PRB-PB), de 25 anos, é o suplente que deve assumir a cadeira deixada por Ronaldo Cunha Lima, segundo informações da Agência Câmara. Em entrevista ao G1, Brito Neto afirmou que representará "os anseios da juventude brasileira" e destacou que pretende sugerir mudanças no Código Penal.

Walter Brito Neto iniciou a carreira política aos 18 anos, como suplente de vereador em Campina Grande (PB). Aos 22, foi eleito vereador na cidade e, aos 24, elegeu-se suplente de deputado federal.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]