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A ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney | Marlene Bergamo / Folhapress
A ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney| Foto: Marlene Bergamo / Folhapress

Valor bloqueado na Lava Jato chega a quase R$ 120 milhões

Chega a quase R$ 120 milhões o valor bloqueado no país em contas e aplicações financeiras de 16 investigados na Operação Lava-Jato e em três empresas - a D3TM, usada pelo ex-diretor da Petrobras Renato Duque, a Hawk Eyes e a Technis, usadas pelo lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano. O montante é de R$ 118 milhões.

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Bradesco reconhece erro ao informar Coaf sobre suposto saque feito por Cerveró

O Bradesco reconheceu um erro no envio de informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em 2011, indicando que o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró teria sacado R$ 200 mil em espécie da conta de uma usina de etanol instalada em Paracatu, interior de Minas Gerais.

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A ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) é citada em um dos depoimentos em regime de delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Ela é investigada por suspeita de receber propina para que o governo do estado do Maranhão antecipasse o pagamento de um precatório de R$ 120 milhões às construtoras UTC/Constran. O pagamento teria sido intermediado por Youssef.

Em depoimento aos investigadores, Youssef admitiu que recebeu R$ 10 milhões a título de comissão por ter intermediado o pagamento. Ele afirma que negociou o adiantamento do precatório com o ex-chefe da Casa Civil do Maranhão João Abreu, que por sua vez recebeu R$ 3 milhões em propina. As informações vieram a público porque o juiz federal Sério Moro decidiu nesta terça-feira (27) compartilhar com a Secretaria de Transparência e Controle do Maranhão as informações sobre supostas irregularidades na quitação do precatório.

De acordo com Sérgio Moro, nos depoimentos prestados por Alberto Youssef em regime de delação premiada "há descrição do fato, com afirmação de que o pagamento do precatório foi viabilizado mediante pagamento de propina a João Abreu, na época chefe da Casa Civil do Estado do Maranhão".

Inicialmente o caso seria julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já que Roseana possuía foro privilegiado devido ao cargo de governadora. Em dezembro do ano passado, porém, Roseana renunciou ao governo do estado alegando problemas de saúde.

A ex-governadora nega que conheça ou tenha estado com o doleiro Alberto Youssef. A reportagem da Gazeta do Povo não conseguiu contato com João Abreu.

Sucessor de Roseana no MA investiga precatório do cartel de empreiteiras

A Secretaria de Transparência e Controle do Estado do Maranhão decidiu interromper o pagamento do superprecatório das empreiteiras do cartel alvo da Operação Lava Jato. Em ofício à Justiça Federal no Paraná, o órgão pediu compartilhamento das informações referentes às supostas irregularidades cometidas pelo governo de Roseana Sarney (PMDB) - que deixou o cargo 21 dias antes do fim de sua gestão alegando problemas de saúde - "no que diz respeito à irregular quitação de um precatório devido à empresa UTC/Constran".

"É importante ressaltar a urgente necessidade do Estado do Maranhão de ter acesso a informações e documentos pretendidos de forma a não apenas se promover a responsabilização funcional dos servidores supostamente envolvidos, como também para evitar novos pagamentos do acordo objeto de investigação e, especialmente, para tentar recuperar para o erário estadual os valores possivelmente desfalcados, que supera os R$ 4 milhões", registra a Secretaria de Transparência do governo do Maranhão, hoje sob gestão de Flávio Dino (PCdoB) - que derrotou Edison Lobão Filho (PMDB), candidato da família Sarney.

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