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Crítica

Rubens Bueno diz que Congresso aprova o que o governo quer

Deputado, que é lider do PPS na Câmara, contestou alegação do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, de que o volume de mais de R$ 700 milhões destinados a Pernambuco para prevenção de enchentes em 2011 foi obra do Congresso

O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), contestou nesta sexta-feira (6) a alegação do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, de que o volume de mais de R$ 700 milhões destinados a Pernambuco para prevenção de enchentes em 2011 foi obra do Congresso. "A base toma as decisões de acordo com a vontade do governo, vota o que o governo manda", afirmou. "São 400 e tantos, então é uma 'tratorada' atrás da outra."

De acordo com o ministro, a proposta do governo federal para o Estado era de R$ 68 milhões, que foram acrescidos com emendas parlamentares. "Não é uma ação do ministro ou do governo federal", disse ele durante uma entrevista, na quinta-feira, no Rio de Janeiro. Bueno disse ter recebido um telefonema de Bezerra, que se dispôs a prestar informações na Comissão Representativa do Congresso, propondo que isso aconteça às 10 horas da próxima terça-feira.

O ofício para que a comissão discuta os efeitos das chuvas foi apresentado pelo deputado federal Arnaldo Jardim (SP), representante do PPS no órgão. "Quem define a data é o José Sarney (que preside a comissão)", disse Bueno. O deputado estava na quinta-feira (5) em Matinhos, no litoral do Paraná, mas, apesar de não fazer parte da comissão, acentuou que pretende ir a Brasília, caso a comissão se reúna de fato na terça-feira. Como líder da bancada, ele já tinha apresentado um pedido de informações sobre as denúncias de uso político das verbas do Ministério da Integração Nacional.

"Cada ministério faz de seu lote o que bem entende", afirmou o deputado paranaense. "No governo só há foco eleitoral e não de nação." Bueno disse ainda que "falta gestão, planejamento e competência" ao governo federal. Segundo ele, no caso das enchentes, os recursos não foram para os Estados que mais precisavam, citando Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. "O governo demora, nada acontece e vem tudo de novo", lamentou.

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