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Maranhão e Rio

Sarney usou helicóptero da PM para lazer

OAB pede que senador devolva dinheiro aos cofres públicos. Já Sérgio Cabral foi flagrado usando jato de empresário

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), usou pelo menos duas vezes um helicóptero da Polícia Militar maranhense para viajar até a residência de lazer de sua família na Ilha de Curupu, no Maranhão, durante fins de semana, nos dias 26 de junho e 10 de julho. O Maranhão é governado pela filha de Sarney, Roseana Sarney (PMDB). A denúncia foi publicada na edição de ontem da Folha de S.Paulo.

A aeronave foi adquirida no ano passado para combater o crime e socorrer emergências médicas. Foi paga com recursos do governo estadual e do Ministério da Justiça e custou R$ 16,5 milhões. Numa das viagens, o senador foi acompanhado de um empresário que tem contratos milionários com o governo do Maranhão. Um dos transportes de Sarney chegou a atrasar o atendimento de um homem com traumatismo craniano e clavícula quebrada que fora socorrido pela PM e chegara em outro helicóptero antes de Sarney.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, defendeu ontem que Roseana devolva aos cofres de seu estado o que foi gasto com a utilização do helicóptero.

Sarney ontem negou ter cometido irregularidade no uso do helicóptero. E disse que o uso da aeronave "não prejudicou ninguém".

Sérgio Cabral

Outro político brasileiro que usou aeronaves em situação eticamente questionável foi o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Isso se tornou público em 17 de junho, quando um helicóptero do empresário Fernando Cavendish caiu na Bahia matando quatro ocupantes, incluindo a namorada do filho do governador. Cabral havia viajado à Bahia para participar de uma festa de Cavendish num avião do também empresário Eike Batista.

Cavendish, dono da Cons­­trutora Delta, tem negócios com o governo do Rio. Cabral nega que sua relação pessoal com Cavendish e Eike Batista tenha influenciado suas decisões no governo. Mas na última sexta-feira descobriu-se que a Delta foi contratada, em caráter emergencial pelo governo fluminense, sem licitação, para tocar obras de R$ 29,7 milhões.

A deputada estadual Janira Ro­­­­cha (PSol) promete protocolar hoje uma representação no Ministério Público do Rio contra Cabral.

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