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Ricardo Barros nega que vai assumir o Ministério da Saúde. | Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Ricardo Barros nega que vai assumir o Ministério da Saúde.| Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O deputado paranaense Ricardo Barros (PP) é cotado para assumir o Ministério da Saúde em um possível governo Temer.

A negociação não é novidade e começou antes da votação do impeachment na Câmara dos Deputados, quando a presidente Dilma tentava salvar o mandato através de acordos com partidos da base aliada. Até agora, porém, Barros afirma que o cargo ainda não está garantido e a negociação está sendo feita entre o partido e o vice-presidente Temer.

A Gazeta do Povo conversou com o deputado sobre o assunto. Confira:

O senhor pode assumir o Ministério da Saúde em um eventual governo Temer. Quais são as expectativas do senhor e como foi a negociação para assumir o cargo?

É pura especulação, 100% especulação. Eu estou indicado pelo meu partido (PP) para ser ministro, para representar a bancada de deputados no ministério. Ministério já foi Integração, Agricultura, Saúde. O vice-presidente Michel Temer não falou comigo, meu partido já fez a indicação há mais de 40 dias, desde o outro governo e isto está colocado desta forma, é pura especulação e não tem nada confirmado.

As tratativas estão ocorrendo direto com o partido?

Com o presidente do partido, senador Ciro Nogueira, que trata da representação do partido em um eventual governo Temer. A minha indicação é de fato uma indicação da bancada dos deputados, mas não conversei com o vice-presidente Temer, pura especulação.

Se fosse o caso de assumir o Ministério da Saúde, o senhor se sente pronto para assumir o cargo? Quais seriam as prioridades que o país demanda nesta área?

Eu fui prefeito, tenho cinco mandatos de deputado e minha especialidade é orçamento da União. Eu cuido de gestão e de orçamento, é o que eu sei fazer. Se as minhas qualidades puderem contribuir com o governo em qualquer pasta eu estarei à disposição, mas eu não posso tratar neste nível de especulação. Não fui convidado [para o Ministério da Saúde].

O senhor esteve em reunião com profissionais da área da saúde neste fim de semana em São Paulo. Como foi a conversa?

Eu estive em uma reunião tratando de alguns temas que se referem ao financiamento ao orçamento, que como eu lhe disse é a minha especialidade. Fui relator geral do orçamento e tratei da questão de financiamento, como encontrar nessa crise que temos hoje os recursos necessários para concluir os compromissos da saúde, que estimam R$ 15 bilhões de déficit para este ano. Faltam R$ 15 bilhões para cumprir o que já está contratado esse ano na Saúde e eu passei a fazer um diálogo sobre esta questão porque é a minha área de especialidade, eu fui relator do orçamento e esse orçamento que está sendo executado eu relatei e eles queriam saber onde poderíamos encontrar os recursos para concluir o pagamento das obrigações que eles estão preocupados que de agosto ou setembro comece a faltam recursos para as transferências aos estados e municípios e aos prestadores de serviços. Esse foi o assunto.

O senhor é um dos poucos paranaenses cotados para assumir algum ministério em um eventual governo Temer. O senhor acha que o Paraná tem perdido força no governo federal?

O deputado Alex Canziani (PTB) está cotado também no partido dele. Esta questão tem a ver com a articulação que cada parlamentar tem em relação ao seu partido, porque a indicação é do partido, então este vínculo é de articulação do parlamentar com o partido, é isso que faz com que ele seja indicado para representar o partido em uma determinada posição. Eu vejo que o Paraná está bem representado se você considerar o conjunto dos ministros e da relação pessoal. Você tem que entender que o ministro é um assessor da confiança do presidente da República. Quando a gente tiver um presidente paranaense, provavelmente terá bastante paranaense ocupando espaço. Até então, a pessoa convoca as pessoas do seu relacionamento, da sua convivência e da sua confiança. Eu acho que o Paraná está bem servido, eu não acho que vocês acertam quando tentam diminuir a importância política do Paraná.

O senhor acha que caso assuma um ministério, isso pode impulsionar a candidatura de sua esposa Cida Borghetti ao governo do Paraná em 2018?

Se eu assumir uma posição eu assumirei por indicação dos meus pares, colegas deputados de Brasília. Portanto essa decisão não tem nada a ver com as consequências que ela possa ter na política do Paraná, é apenas um reconhecimento dos meus colegas de que eu posso representá-los bem. É como a eleição de um líder, de um presidente do partido. Isso tem a ver com a relação interna nossa e não necessariamente com a posição deste parlamentar no seu estado. Pode haver uma consequência posterior, mas isso não é avaliado na hora da escolha dos quadros que vão compor o governo. O presidente Temer tem os ministros da sua relação pessoal, da sua confiança e tem aqueles que estão indicados pelos partidos para garantir a base parlamentar. Essas indicações partidárias têm relação exclusivamente das pessoas com o seu partido, não se pesa a consequência em cada estado destas indicações na hora de fazer essa escolha.

Indiretamente pode ter um impacto positivo?

Bom, aí depende do desempenho que a gente tiver na função.

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