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Confronto

Secretaria recebeu 18 denúncias sobre violação de direitos humanos em ação da PM no Centro Cívico

Ministro da pasta, Pepe Vargas, diz que há indícios “fortíssimos” de violação e que número de denunciantes pode ser ainda maior

Secretaria de Direitos Humanos diz ter indícios “fortíssimos” de que houve violação dos direitos humanos em confronto no Centro Cívico | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Secretaria de Direitos Humanos diz ter indícios “fortíssimos” de que houve violação dos direitos humanos em confronto no Centro Cívico (Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo)

O ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas, disse nesta sexta-feira (8), que a ouvidoria da secretaria já recebeu 18 denúncias de violações de direitos humanos na ação da Polícia Militar do Paraná para reprimir protesto de professores do Estado, no último dia 29.

O ministro admitiu que o número é alto e que pode até já ser maior, uma vez que o dado é de quarta-feira, quando recebeu a última atualização da ouvidoria da SDH. “Nós inclusive deslocamos nossa ouvidora nacional para o Paraná e ela deve trazer um relatório mais completo.”

A polêmica ação deixou mais de 200 feridos, houve denúncias do uso de bombas, cachorros pitbull, de ação violenta de PMs e até de estudantes que foram obrigados por policiais a se despir.

O ministro de Direitos Humanos repetiu a cautela, disse que as denúncias serão encaminhadas de acordo com os procedimentos internos da pasta, mas reafirmou que há indícios “fortíssimos” de que houve “grave violação de direitos”. “Continuamos acompanhando o caso com muita preocupação. Nossa posição é de que o direito à livre manifestação é fundamental. É obvio que houve um uso excessivo da força. Não se utilizou mecanismos tradicionais de mediação de conflito e, portanto, entendemos que é muito grave o que aconteceu lá.”

Pepe Vargas disse ainda que ele e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, haviam alertado o governo paranaense. “No dia anterior, eu falei com o chefe da Casa Civil (Eduardo Sciarra), no dia também. O ministro Cardozo também fez contato com o governo do Estado. “Nós expressamos a nossa preocupação de que pudesse transbordar para violência, o que infelizmente aconteceu”, afirmou, após participar de um evento em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo.

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