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Curitiba

Secretário de Habitação de Fruet pede demissão e voltará para Alep

Osmar Bertoldi era remanescente da gestão de Ducci. Prefeitura informou que pasta será extinta e incorporada pela Cohab

Gustavo Fruet e Osmar Bertoldi juntos em novembro de 2013, durante a entrega de imóveis no Residencial Cidade de Novara | Everson Bressan / Prefeitura de Curitiba / Divulgação
Gustavo Fruet e Osmar Bertoldi juntos em novembro de 2013, durante a entrega de imóveis no Residencial Cidade de Novara (Foto: Everson Bressan / Prefeitura de Curitiba / Divulgação)

Secretário que teve a nomeação mais controversa da atual gestão da prefeitura de Curitiba, Osmar Bertoldi (DEM) pediu nesta terça-feira (7) a exoneração do comando da pasta da Habitação. Ele argumentou que já tinha planejado voltar a exercer o mandato de deputado estadual, cargo para o qual tentará a reeleição, após a virada do ano. Segundo a prefeitura da capital, a Secretaria de Habitação será extinta, e suas funções serão assumidas pela Companhia de Habitação (Cohab).

Integrante de uma das famílias proprietárias de empresas de transporte coletivo de Curitiba e deputado desde 2007, Bertoldi era o único remanescente da equipe do ex-prefeito Luciano Ducci (PSB) a permanecer no primeiro escalão na administração Gustavo Fruet (PDT). Ele assumiu a pasta da Habitação em agosto de 2011 como forma de acomodar o DEM na gestão de Ducci e, inclusive, chegou a ser cotado para ficar com a vice na chapa do socialista na eleição de 2012.

A nomeação dele marcou parte do discurso de Fruet durante o primeiro turno da campanha eleitoral, em que o pedetista disputava diretamente com Ducci a última vaga para o segundo turno -- o pedetista ficou à frente com uma diferença de apenas 4,4 mil votos. Por reiteradas vezes, sobretudo nos debates eleitorais, Fruet afirmou que a pasta da Habitação, criada no segundo semestre de 2011 e cujo primeiro e único ocupante foi Bertoldi, tinha o único objetivo de abrir espaço para aliados de Ducci na administração municipal com fins eleitorais.

O discurso, porém, caiu por terra logo na primeira semana de governo, quando Bertoldi foi nomeado novamente para comandar o setor de habitação da capital. Na época, a assessoria de imprensa de Fruet afirmou que a nomeação era uma forma de garantir a governabilidade. Além disso, defendeu que a indicação do nome de Bertoldi partiu do DEM e que essa era uma das duas únicas nomeações políticas da gestão municipal -- 95% eram técnicas.

Justificativa

Questionado dos motivos que o levaram a pedir exoneração da prefeitura, Bertoldi argumentou que cumpriu as metas que havia traçado para o cargo de secretário de Habitação. "Foi uma gestão muito positiva. Entregamos mais de 8,8 mil casas e foram feitas mais de 9 mil regularizações fundiárias", afirmou. "Agora, tenho de começar a trabalhar politicamente como deputado, também com vistas à eleição. Nada mais natural para um cara que é político." Sobre o relacionamento e o trabalho com Ducci e com Fruet, o parlamentar do DEM disse apenas que "são dois bons prefeitos".

Com o retorno de Bertoldi para a Assembleia Legislativa, quem perde a cadeira de deputado é Antonio Belinati (PP), de Londrina.

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