Mal havia assumido a prefeitura de Campo Magro, na Grande Curitiba, e José Antônio Pase (PMN) teve de recorrer ao município vizinho, Campo Largo, para tentar solucionar o problema de falta de medicamento nos postos de saúde da cidade. Pase conta que assim que assumiu a prefeitura se deparou com a falta de remédios, além de dívidas que já somam R$ 5,3 milhões. "Até os remédios foram levados. Isso é um absurdo e desrespeito com a população", diz. As duas ambulâncias do município, conta o prefeito, estão com problemas: "uma sem motor e a outra sem sirene e vidro".
Antes mesmo de completar 10 dias no cargo, Pase iniciou uma auditoria interna para apurar a situação financeira da prefeitura. E o resultado deixou o prefeito perplexo. "O salário de dezembro e o 13º dos servidores não foram pagos até hoje. A dívida é de R$ 800 mil. As contas de água, luz e telefone não são pagas há meses. O telefone foi cortado por falta de pagamento", afirma.
Auditoria
Pase diz que tentou conversar com o ex-prefeito Rilton Boza (PMDB), para tentar contornar os problemas emergências, mas ele não foi encontrado. A reportagem também tentou falar com Boza, mas ele não foi localizado.
Após a auditoria, conta Pase, o relatório com toda a situação financeira do município será encaminhado para o Ministério Público.



