Sem-terra são baleados durante ocupação em Minas

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Dois homens do Movimento Sem Terra (MST) foram baleados, na madrugada desta segunda-feira, durante a invasão de uma fazenda no norte de Minas. Segundo a Polícia Militar, cerca de 300 pessoas tentaram invadir a Fazenda Saraiva, a 20 quilômetros de Janaúba. Trabalhadores da propriedade reagiram e houve troca de tiros.

Segundo o MST, um homem foi atingido no peito e outro na coxa. Eles foram levados para o hospital da cidade. De acordo com a PM, dois homens que estavam em um carro da fazenda foram presos com uma arma. A PM informou que três viaturas monitoram a área, em busca de outras pessoas que teriam atirado e para tentar conter novas invasões na região.

O MST alega que a fazenda tem seis mil hectares e que foi declarada como improdutiva há quatro anos.

Nesta segunda-feira, um grupo de 50 famílias do MST ocupou a Fazenda Cruz, em Januária. De acordo com a PM, a propriedade já havia sido invadida antes, mas a Justiça deu reitegração de posse ao proprietário há 30 dias. Os sem-terra foram retirados do local. Eles ficaram nas margens de uma rodovia, até esta madrugada, quando voltaram a ocupar a fazenda.

Três presos em conflito de terra em Pernambuco

No domingo, três pessoas foram presas pela PM de Pernambuco em um conflito de terra, na cidade de Limoeiro, acusadas de integrarem milícia privada da fazenda Ameixa, onde existe um acampamento do MST. Os sem -terra denunciaram que vinham sendo constantemente ameaçados por jagunços da propriedade e que seus roçados estavam sendo destruídos.

O procurador agrário, Edson Guerra, esteve no local em companhia da PM e fez vistoria na fazenda, que é exigida pelo MST para fins de reforma agrária. Ele e os policiais não possuíam mandado de busca e apreensão, mas como os ânimos estavam muito acirrados ele e a PM decidiram fazer uma vistoria na Ameixa, de onde os sem terra prometiam sair na quarta-feira, depois de fechar um acordo com os donos após reunião com o Incra.

A PM apreendeu as três armas, uma espingarda calibre 22 e dois revólveres 38. A primeira estava com o administrador José Joel da Silva, que foi preso por porte ilegal de arma. Os outros dois estavam com jagunços da fazenda, Lucivaldo Ribeiro e José Rodrigues de França, que também foram presos. Eles são acusados de porte ilegal de armas.