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O Senado enviou para o Ministério da Justiça nesta quinta-feira nova remessa de documentos à Polícia Federal, referentes à negociações de gado de Renan Calheiros. A documentação é necessária à perícia do processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em andamento na PF, para atestar a veracidade ou não de operações de venda de gado apresentadas como comprovação de renda para pagamento de pensão a uma filha que o senador tem fora do casamento.

Foram agora encaminhados à perícia documentos da Secretaria Estadual da Fazenda de Alagoas e de produtores rurais que teriam comprado gado do senador: José Acácio da Rocha, Maria Waldecir Ricardo da Rocha, Adriana Braga Cavalcanti Duarte e Cristiano Alberto Santos Duarte. Seguiram também documentos do contador Roberto Gomes de Souza, responsável pelas empresas GF da Silva Costa e Carnal - Carnes de Alagoas Ltda.

Além de notas fiscais relativas a operações comerciais realizadas durante o período em que os dois estabelecimentos estavam ativos, o contador anexou correspondência na qual afirma que todos os pagamentos efetuados pela GF e pela Carnal eram realizados por meio de cheques das respectivas empresas, inclusive nas operações comerciais realizadas com o produtor rural Renan Calheiros.

O senador Renato Casagrande (PSB-ES) - um dos três relatores do processo contra Renan no Conselho de Ética, afirmou nesta quinta que as investigações preliminares nos documentos apresentados por Renan em sua defesa devem ser concluídas na primeira quinzena de agosto.

- Nós não paramos, na comissão de investigação, de trabalhar, estamos atuando para agilizar a juntada de documentos para a Polícia Federal. Quem vai continuar a trabalhar neste início de período legislativo ainda é a comissão de investigação, a comissão de inquérito, porque o Conselho de Ética vai se reunir quando nós concluirmos nosso trabalho, a partir de 15 de agosto - disse o senador.

Nesta semana já haviam sido enviadas ao Ministério da Justiça Guias de Transporte Animal (GTAs) encaminhadas pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas e notas fiscais apresentadas pelo deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), irmão de Renan, que também é citado nas denúncias de possíveis irregularidades na venda de gado.

Casagrande afirmou que, embora as transações de gado não tenham relação direta com a representação apresentada pelo PSOL contra Renan, elas devem ser investigadas:

- Acho que nenhuma versão pode ser descartada neste momento, vamos verificar para, de fato, sabermos quem tem responsabilidade. Não se pode deixar de investigar uma informação pública de uso de empresas fantasmas para comprar gado.

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