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CPI da Petrobras

Senado vai ouvir presidente da Petrobras antes de decidir sobre CPI

José Sérgio Gabrielli participará de audiência no Senado. Oposição decidirá depois de audiência se exigirá instalação da comissão

Um acordo entre líderes de governo e oposição no Senado fechado nesta quinta-feira (14) pode evitar a instalação da CPI da Petrobras, protocolada nessa quarta-feira (13) com 32 assinaturas. O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, terá a oportunidade de convencer a oposição em uma audiência pública de três comissões da Casa ainda sem data para acontecer.

"Na medida em que o Gabrielli venha para uma reunião das comissões e todas as indagações sobre a Petrobras possam ser respondidas, a CPI poderá ou não ser instalada", disse o líder do DEM, José Agripino.

Segundo o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), a intenção é esclarecer questionamentos e evitar a CPI. "A CPI só tem sentido quando os fatos não estão sendo investigados. Se a apresentação dele esgotar o que querem não seria necessária a instalação da CPI, o que eu acho melhor neste momento que estamos vivendo de crise econômica".

O pedido de CPI foi protocolado nessa quarta-feira na Mesa Diretora do Senado pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR) na presença dos presidentes dos três partidos de oposição, PSDB, DEM e PPS. O requerimento precisa ainda ser lido em plenário para a criação da comissão. Depois ainda seria aberto o prazo para a indicação dos líderes. Somente em um terceiro momento as investigações teriam início com a instalação da comissão.

O objetivo da oposição é investigar fraudes em licitações e denúncias de desvio de royalties de petróleo, apontados pela Polícia Federal, além de irregularidades em contratos para a construção de plataformas e da refinaria Abreu e Lima (PE), apontados pelo Tribunal de Contas da União. A suposta utilização de artifícios contábeis para reduzir o recolhimento de tributos e possíveis irregularidades em patrocínios também estão no requerimento.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou que está participando das negociações para que o presidente da Petrobras vá ao Senado tirar as dúvidas dos parlamentares e, assim, evitar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

"Estou desde ontem [quarta-feira] participando desta articulação, entendendo que CPI nem sempre é a solução para tudo. E, se o que se quer é saber a informação concreta, isso pode ser feito numa audiência pública, na Comissão de Fiscalização e Controle, na Comissão de Justiça, na Comissão de Economia que o presidente [da Petrobras] e responde a qualquer assunto. O governo não tem nada a esconder, apenas a CPI não ajudaria nesse processo e talvez até prejudicaria a imagem da Petrobras no exterior", argumentou Lobão.

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