Sob a alegação de que a presidente Dilma Rousseff (PT) cometeu ato de improbidade administrativa no processo de compra da refinaria de Pasadena (EUA), o senador Mário Couto (PSDB-PA) protocolou na tarde desta terça-feira (1º) um pedido de impeachment na Câmara dos Deputados. "A presidente da República cometeu um crime de improbidade ao confessar que assinou um documento sem ler. Qual é a presidente que pode assinar um documento sem ler?" argumentou o senador.
O tucano afirmou que tem o apoio de 500 mil internautas para protocolar o pedido e que, apesar de ser parlamentar, tomou a decisão como cidadão. "Ela é ré confessa", justificou. O senador tucano alegou que sua ação é individual e não envolve a bancada de seu partido. "A gente não quer meter a bancada nisso aí", afirmou.
Qualquer cidadão pode protocolar um pedido de impeachment na Câmara dos Deputados, onde começam os processos do gênero. O presidente da Casa, se considerar procedente o pedido protocolado, cria uma comissão especial e seu relatório deve ser aprovado por dois terços do plenário. Se aprovado, o processo de impeachment segue para o Senado.
Alves diz que impeachment de Dilma não tem fundamento O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), protocolado pelo senador Mário Couto (PSDB-PA), não tem "fundamento" nem "seriedade". Cabe à Câmara autorizar ou não um processo. "Não vejo nenhum elemento que venha justificar. Até porque agora além da investigação feita pelos órgãos - Tribunal de Contas da União e Ministério Público -, a questão da Petrobras também tem uma CPI que está para ser instalada na Câmara e no Senado. A partir daí, você insinuar a presidente da República num comportamento como este, eu não vejo o menor fundamento, nem sequer seriedade", disse Alves.



