Flávio Freire - SÃO PAULO - As comemorações pelo aniversário de 452 anos de São Paulo abriram espaço nesta quarta-feira para um ambiente de campanha eleitoral para os dois pré-candidatos do PSDB a presidente da República: o prefeito José Serra e o governador Geraldo Alckmin. Acompanhados de seus vices, os dois andaram de ônibus pelo centro, assistiram a uma missa e visitaram o marco zero da cidade em eventos comemorativos à data. Ainda caminharam pela Praça da Sé. O tom continuou com críticas ao governo federal, principalmente contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na tentativa de mostrar afinidade, enquanto disputam palmo a palmo a indicação para concorrer à sucessão de Lula, Serra e Alckmin saíram espontaneamente para o ataque ao presidente. Dizendo ter consciência de que "ainda incomoda muita gente na vida pública", o prefeito reforçou as críticas de que Lula, segundo ele, "prega a deseducação" ao propor o fim de concurso público.
Alckmin, por sua vez, disse que o país continua sem rumo.
Perguntado quem seria incomodado por suas declarações, Serra disse:
- Às vezes falam que eu tenho idéias próprias, acho engraçado, não é algo que me incomoda. Não é compatível com a minha trajetória ser pau mandado - disse ele, referindo-se às declarações do ex-ministro José Dirceu, de que o prefeito não seria um pau mandado dos empresários caso assumisse a presidência.



