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As constantes referências do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz ao segredo de Justiça para se esquivar de perguntas de parlamentares sobre a Operação Satiagraha provocaram bate-boca na CPI dos Grampos da Câmara.

Deputados defensores de Protógenes se irritaram com a cobrança dos colegas para que o delegado se manifestasse sobre um relatório divulgado na internet que é atribuído ao ex-presidente da Operação Satiagraha.

Durante todo o depoimento, que já dura quatro horas, o delegado por diversas vezes se valeu da justificativa do "segredo de Justiça" para não responder a questionamentos dos parlamentares sobre as investigações da operação.

A postura de Protógenes irritou os parlamentares. Para pressioná-lo, apresentaram a ele um relatório publicado na internet que é atribuído a Protógenes. Ele, no entanto, novamente recorreu ao segredo de Justiça para não responder.

Os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Pompeo de Matos (PDT-RS) e Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) reclamaram da postura do delegado. "Se ele se indignasse, se tivesse gentileza de examinar, tudo bem. Mas o senhor nem tomou a iniciativa de olhar o relatório, não quer colaborar e dizer se é seu o relatório. O senhor está duvidando de nós?", provocou Pompeo. Protógenes disse apenas que não poderia responder, sugerindo que se encaminhe o relatório ao inquérito aberto pela PF para investigar vazamento de informações.

Aliado do delegado, o deputado Alexandre Silveira (PPS-MG) afirmou que era um direito de Protógenes permanecer calado sobre o que desejasse. "Sob condição de testemunha, ele está respeitando o direito de não violar dados. Nós não podemos extrapolar", disse Silveira.

Faria de Sá se disse indignado com a colocação do colega e perguntou em que momento extrapolou sua função. O deputado Larte Bessa (PMDB-DF) entrou na discussão e reclamou que Faria de Sá não estava na sala antes e não poderia ter o direito a palavra.

O deputado do PMDB manifestou também seu apoio a Protógenes. "Ele tem o direito de falar o que quiser", disse aos berros. A partir daí, Silveira, Bessa e Faria de Sá trocaram gritos sobre a fala de Protógenes e a ordem de fala na comissão.

Após alguns minutos de confusão, o presidente Marcelo Itagiba acalmou os ânimos e a sessão prosseguiu. Protógenes, no entanto, segue sem responder questões diretamente relacionada à Operação Satiagraha.

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