O Sindicato dos Escrivães, Notários e Registradores do Paraná (Sienoreg-PR) publicou nota oficial na Gazeta do Povo, no dia 15 de setembro, afirmando, entre outras coisas, que o Paraná "conta com a terceira menor remuneração de custas e emolumentos praticada pelos estados brasileiros, inclusive unidades da federação com PIB inferior ao paranaense".
A reportagem tentou entrar em contato com o sindicato durante dois dias para esclarecer a comparação dos preços cobrados pelos cartórios de vários estados. Na quinta-feira, foi solicitado que se fizesse um novo contato na sexta-feira. Mas, nesse dia, a assessoria de imprensa do Sienoreg-PR informou que não haveria tempo de responder às questões porque era necessária uma análise de duas centenas de páginas das custas extrajudiciais de vários estados. O sindicato afirmou, por meio da assessoria, que os valores praticados pelos cartórios do Paraná estão entre os menores do país "ao se considerar a tabela completa" e que não adiantaria olhar procedimento por procedimento para se fazer a comparação.
O Sienoreg também defende o reajuste das custas judiciais e extrajudiciais, afirmando que "a proposta não prevê aumento na tabela de custas e emolumentos, mas sim correção dos preços praticados, uma vez que desde 2002 os valores não sofrem qualquer tipo de correção", como consta na nota oficial de 15 de setembro. Segundo o sindicato, a inflação no período acumula alta de 50,5% valor requisitado para reajuste , e houve aumento em outras despesas, como a folha de pagamento dos funcionários, contas de água, luz, telefone e aluguel.
Anoreg
A reportagem também não conseguiu contato com o presidente da Associação dos Notários e Registradores do Paraná (Anoreg-PR), José Augusto Alves Pinto. Ele estava em um evento em Londrina e não atendeu às ligações feitas para o telefone celular na quinta e sexta-feira. Antes de a Assembleia Legislativa marcar a audiência pública para debater o assunto, ele havia dito que percebia um clima favorável pela aprovação do reajuste das custas.
