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Congresso

Sob denúncias, Alves pede votos hoje em Curitiba

Peemedebista, que disputa eleição para presidência da Câmara Federal, tem reunião hoje com Beto Richa e com a bancada paranaense

Henrique Eduardo Alves é favorito absoluto para presidir Câmara até 2014 | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Henrique Eduardo Alves é favorito absoluto para presidir Câmara até 2014 (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Alvo recente de uma série de denúncias sobre suposto mau uso de recursos públicos, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) começa hoje, no Rio Grande do Sul e no Paraná, uma caravana por 11 estados em campanha pela presidência da Câmara dos Deputados. O parlamentar será recebido pela bancada federal paranaense e pelo governador Beto Richa (PSDB), às 18 horas, no Palácio Iguaçu. A chapa do peemedebista tem como candidato a primeiro vice-presidente o londrinense André Vargas (PT).

Com 42 anos consecutivos de mandato, Alves é o favorito para a eleição, que vai ocorrer no dia 4 de fevereiro. Ele vai enfrentar Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES). Ambos os adversários conseguiram apenas apoios isolados entre os grandes partidos.

Nos últimos três dias, o peemedebista e um assessor de gabinete foram personagens de diferentes reportagens investigativas de três veículos de imprensa nacionais, a revista Veja e os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo. As matérias tratam de supostos desvios no uso da cota de exercício da atividade parlamentar, de irregularidades na destinação de emendas orçamentárias para o Rio Grande do Norte e de uma ação em que ele é investigado por enriquecimento ilícito (leia mais no box ao lado). Alves nega qualquer envolvimento com as supostas irregularidades.

Um dos articuladores da reunião de hoje em Curitiba, o coordenador da bancada federal do Paraná, deputado Osmar Serraglio (PMDB), diz que as denúncias não devem abalar a candidatura. "Ele já está fazendo as costuras políticas há muito tempo e essas questões só estão aparecendo agora. Não vejo como os adversários possam se aproveitar disso", afirma Serraglio.

Além do apoio do Palácio do Planalto, Alves tem o aval da direção de pelo menos 12 legendas. A aliança inclui as quatro maiores bancadas partidárias da Casa, do PT, PMDB, PSD e PSDB, que juntas somam 262 de um total de 513 cadeiras. "Formamos um acordo que respeita plenamente a proporcionalidade dos partidos na Câmara, por isso o diálogo foi fácil", diz André Vargas, que venceu uma disputa interna no PT pela vice-presidência e não deve enfrentar adversários na eleição.

A Mesa Diretora, responsável pelas principais decisões da Câmara, é composta por sete cargos, usualmente divididos entre as sete maiores bancadas. Por tradição, o partido com mais cadeiras costuma ficar com a presidência, mas qualquer parlamentar de qualquer partido pode apresentar uma candidatura avulsa ao posto. Desde 2007, PT e PMDB mantêm um acordo para se revezar no cargo, que tem um mandato de dois anos.

Sobre o teor político do encontro de dois aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) com o tucano Beto Richa, o secretário do Escritório de Representação do Paraná em Brasília, Amauri Escudero, diz que é um sinal de "maturidade política". "É uma demonstração interessante de respeito entre os partidos", avalia Escudero.

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