
Representantes de diversas entidades paranaenses criticaram nesta sexta-feira (24) o arquivamento do processo contra o deputado Nelson Justus (DEM) no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná.
Justus respondia a processo pela contratação de centenas de comissionados na época em que presidiu a Assembleia, mas os deputados consideraram por unanimidade que o regimento não permitia uma condenação.
O presidente do Instituto dos Advogados do Paraná José Lúcio Glomb disse que espera celeridade por parte do Judiciário no caso. “O que se espera é que o Judiciário julgue o caso rapidamente. É só ver o [juiz federal] Sergio Moro, que julga com celeridade”, disse.
O presidente do Movimento Pró-Paraná Jonel Chede também comparou o caso com a Operação Lava Jato. “É exatamente ao contrário do que a Justiça Federal e Polícia Federal estão fazendo pela Lava Jato. É o oposto. O que se espera é que essa questão tenha total transparência e se dê a devida correção”, disse.
“Nós, como sociedade organizada, não compactuamos e consideramos que todos os fatos – como esse que está acontecendo na Receita Estadual de Londrina, na Petrobras, na Caixa Econômica – venham a se aprofundar e aqueles que são culpados sejam punidos exemplarmente”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Paraná Edson Campagnolo.
Para o presidente da Associação Paranaense dos Juízes Federais Anderson Furlan, a decisão do conselho foi ao mesmo tempo política e jurídica. Isso porque, de acordo com o regimento interno da Assembleia, o deputado deve atender os comandos de ética e decoro durante seu mandato.



