• Carregando...
 |
| Foto:

Ação para estudantes

Movimento Paraná Sem Corrupção será lançado hoje

O Ministério Público Estadual (MP) aproveita o período eleitoral para lançar hoje o Movimento Paraná Sem Corrupção, com ações direcionadas a estudantes do ensino médio das escolas públicas do estado. O objetivo é promover a cultura de valores e princípios éticos entre os alunos. "São medidas preventivas, de caráter pedagógico, já que os estudantes estão formando sua personalidade e levam esses valores para casa", explica o promotor Eduardo Cambi, coordenador da iniciativa.

O movimento tem como parceiros o governo do estado, por intermédio da Secretaria Estadual da Educação, e o Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), que edita o jornal Gazeta do Povo. A ação integra a campanha "O que você tem a ver com a corrupção", iniciativa de MPs de todo o país.

Sequência pós-eleitoral

As primeiras atividades do Movimento Paraná Sem Corrupção serão desenvolvidas entre agosto e setembro pelos professores ligados aos núcleos regionais de educação e por promotores do MP, de acordo com a necessidade e viabilidade de cada escola. "Já tivemos diversas ideias, como palestras sobre a Lei da Ficha Limpa, a importância do voto, peças de teatro e outras ações adequadas à região e relacionadas ao trabalho do MP", explica Cambi.

O promotor ressalta que outras parceiras podem ser firmadas para expandir o projeto a outras áreas da sociedade e que as atividades continuam mesmo depois das eleições. "Queremos desenvolver uma cultura cívica capaz de promover valores como honestidade, transparência e ética a partir dos alunos", explica Cambi. "A ideia é que os candidatos eleitos se reúnam com a comunidade escolar para se comprometerem com as metas de campanha."

Participe

Confira entidades que ofertam informações para cobrar de políticos e candidatos:

MCCE

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) mantém, em seu site (www.mcce.org.br), diversos materiais de campanhas contra a compra de voto. Também há instruções de como o cidadão pode denunciar essa prática e montar um comitê do movimento na sua localidade.

Fiep

A Rede de Participação Política da Fiep mantém informações sobre os políticos eleitos no site www.participacaopolitica.org.br. A Fiep ainda disponibiliza materiais da campanha "A Sombra do Imposto" em www.fiepr.org.br/sombradoimposto. O cidadão pode ainda solicitar palestras e materiais pelo telefone (41) 3271-9515.

ACP e OAB-PR

A cartilha "O Brasil que Queremos", da ACP e OAB-PR, está disponível no site da Associação Comercial do Paraná no link http://bit.ly/brasilquequeremos.

Ministério Público

A comunidade pode participar do Movimento Paraná Sem Corrupção, do MP, sugerindo atividades para os alunos e distribuindo materiais disponíveis no site Dia a Dia Educação. A partir do dia 27, um site específico do Movimento Paraná Sem Corrupção estará no ar no endereço www.paranasemcorrupcao.org.br.

16 entidades epresentativas da sociedade, clubes de serviço, OAB e Igreja Católica fazem parte do Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral de Cascavel.

"Se o eleitor vende o voto, o candidato não deve mais nada para o cidadão, que acaba perdendo sua autonomia e liberdade."

Jovita Rosa, diretora do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE).

"Esse comitê ganha força com a participação maciça da sociedade."

Juliano Murbach, presidente da subseção da OAB em Cascavel

Preocupadas com desvios que ocorrem no período elei­­toral, instituições do estado e do país estão promovendo movimentos de combate à corrupção nesta época de campanha. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e a Associação Comercial do Paraná (ACP) são algumas das instituições que têm ações de conscientização da importância do voto e para que os abusos por parte dos candidatos, como tentativas de compras de votos, sejam denunciados (veja como contactar os movimentos no quadro nesta página).

O MCCE, por exemplo, é uma organização da sociedade civil que reúne mais de 50 entidades nacionais de diversos segmentos, como organizações sociais e religiosas. O grupo foi um dos apoiadores da Lei da Compra de Votos, que permite a cassação de registros e diplomas eleitorais se comprovada a tentativa ou compra de votos e uso da máquina pública pelo candidato nas eleições. O movimento também foi responsável pela campanha que culminou na aprovação da Lei da Ficha Limpa, que barra a candidatura de políticos com condenações judiciais.

"A maioria da população brasileira não valoriza o voto, não tem consciência do poder que ele tem. É importante que o eleitor olhe a vida pregressa do candidato e saiba da consequência do ato de votar. Se o eleitor vende o voto, o candidato não deve mais nada para o cidadão, que acaba perdendo sua autonomia e liberdade", afirma Jovita Rosa, diretora do MCCE.

Outras iniciativas

Entre outras iniciativas de combate à corrupção eleitoral, a ACP lançou, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), a cartilha "O Brasil que Queremos", que expõe alguns princípios e desejos de ética e transparência para a política brasileira.

Já a Fiep mantém, desde 2006, uma rede de participação política, com informações sobre os políticos para despertar a consciência eleitoral do cidadão. "Acreditamos que o principal aspecto para formação da consciência política está no acesso à informação. Pois, assim, o eleitor pode pesquisar o perfil do candidato e decidir, conscientemente, sobre o seu voto", diz Luiz Henrique Weber, gestor de comunicação da Fiep.

Outra campanha mantida pela Federação das Indústrias é "A Sombra do Imposto", que apresenta uma proposta de reforma tributária para o país. Além de propor a realização da reforma para futuros eleitos, o programa também trata da corrupção política e de como essa prática pode impactar a cobrança de impostos. "Quanto mais dinheiro é desviado, inclusive nas eleições, mais altos os tributos podem ficar, já que os desvios podem comprometer as verbas destinadas aos serviços básicos", afirma Weber.

Cascavel terá 0800 para denúncias de irregularidades na campanha

Luiz Carlos da Cruz, correspondente

Cascavel, na Região Oeste do estado, terá uma linha 0800 para receber denúncias por telefone de irregularidades no processo eleitoral. A iniciativa é uma ação do Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral, formado por integrantes de 16 entidades representativas da sociedade, clubes de serviços, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Igreja Católica. Na proxima segunda-feira, deverá ser apresentado o número do disque-denúncia eleitoral. Além disso, funcionários serão treinados para receber as informações dos eleitores.

De acordo com o presidente da subseção local da OAB, Juliano Murbach, políticos e partidos não poderão apresentar denúncias, apenas eleitores. "Esse comitê ganha força com a participação maciça da sociedade", afirma. Ele lembra que outras entidades representativas da sociedade também poderão se integrar ao comitê durante o processo eleitoral.

O grupo terá três comissões específicas para acompanhar a campanha política. Uma delas vai percorrer escolas públicas e privadas, além de outros órgãos, conscientizando eleitores sobre a importância do voto. Uma segunda frente de trabalho vai analisar as denúncias e, se forem relevantes, levá-las ao Ministério Público. Uma terceira comissão pretende organizar um debate entre os candidatos à prefeitura da cidade. Na próxima segunda-feira, será realizada uma nova reunião do Comitê de Combate à Corrupção Eleitoral para definir os nomes dos integrantes de cada comissão.

Dê a sua opinião

Você costuma fiscalizar os políticos eleitos? Por quê?

Escreva para leitor@gazetadopovo.com.br

As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]