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Cadeira de Teori Zavascki  vazia, com sua toga | Nelson Jr./SCO/STF
Cadeira de Teori Zavascki vazia, com sua toga| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na tarde desta quarta-feira (1º) a primeira sessão plenária do ano com uma homenagem ao ministro Teori Zavascki, morto em acidente aéreo no litoral do Rio de Janeiro no dia 19 de janeiro. Coube ao decano da Corte, o ministro Celso de Mello, visivelmente emocionado, fazer o discurso de homenagem ao colega morto.

“Os grandes magistrados como Teori nunca se vão, eles nunca se despedem, porque na realidade não partem jamais. Os grandes juízes como o saudoso ministro Teori Zavascki permanecem na consciência e no respeito de seus jurisdicionados”, disse o ministro.

Celso de Mello também destacou o momento difícil que o país vive. “O ministro Teori, atingido por um desses golpes terríveis e inesperados do destino (...), despede-se de nós em um momento de graves e profundas inquietações que tanto afetam a vida desse pais e comprometem a correção e lisura de nossos processos políticos e administrativos”.

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“O Judiciário não pode perder a condição de fiel depositário da permanente confiança do povo brasileiro, que deseja preservar o sentido democrático de suas instituições e, mais do que nunca, deseja ver respeitada em plenitude por todos os poderes do Estado a autoridade suprema de nossa Carta Política e integridade dos valores que ela consagra, sob pena de a instituição judiciária deslegitimar-se aos olhos dos cidadãos da República”, afirmou o decano.

Celso teria entrado em contato com auxiliares de Teori para coletar informações antes de fazer a sua fala na sessão.

Ao contrário de anos anteriores, a sessão plenária desta quarta-feira não reúne os presidentes da República, da Câmara e do Senado. Mais discreta, a sessão deste ano não é solene - os convidados são do Poder Judiciário e familiares de Teori. Também estiveram presentes ex-ministros do Supremo Tribunal Federal Cezar Peluso e Sepúlveda Pertence.

Os funcionários do gabinete de Teori Zavascki assistiram à cerimônia inaugural. O juiz Márcio Schiefler Fontes, juiz auxiliar do gabinete do ministro, que atuava na análise dos processos ligados à Operação Lava Jato, recebeu alguns cumprimentos antes da sessão começar.

Marcio Schiefler se desligou oficialmente do Supremo. O braço direito de Teori deve retornar às suas funções originárias na Seção Judiciária de Santa Catarina.

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também presente à sessão, falou sobre a memória do ministro. “Teori distinguiu sua existência em todos os sentidos. Os adjetivos que marcaram sua vida pessoal e profissional reverberam em uníssono virtudes que se espera de uma pessoa inesquecível e de um magistrado ímpar”.

“Segue a indagação de qual terá sido o propósito do roteirista desse incompreensível episódio”, disse Janot.

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