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Ao visitar nesta sexta-feira (30) o presídio Vicente Piragibe, no Complexo Penitenciário de Bangu (zona oeste do Rio), o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Federal e do Conselho Nacional de Justiça, anunciou que já iniciou os entendimentos com o diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa, para a criação do "inquérito virtual", totalmente informatizado e sem papel. Mendes acha que o primeiro passo será informatizar os processos das varas de execução penal de forma a acompanhar pelo sistema o cumprimento das sentenças para "seja cumprida a Constituição e os apenados cumpram a pena devida sem um dia a mais".

Ao participar do encerramento do mutirão carcerário na penitenciária, Mendes se transformou no primeiro ministro da mais alta corte federal a entrar no complexo de Bangu. No Vicente Piragibe, os presos estão no regime semiaberto e são ligados à facção criminosa Comando Vermelho. Por este mutirão, de um total de 1.395 processos analisados foram deferidos 473 benefícios, entre visitas periódicas ao lar (90), regime aberto (98) ou semiaberto (8), livramento condicional (183), indultos (9), entre outros benefícios.

O ministro só não quis falar sobre a vaga que será aberta no presídio da Papuda, em Brasília, onde se encontra recolhido o italiano Cesar Battisti cuja extradição está sendo pedida pelo governo da Itália. A vaga do ex-militante político será aberta por sua extradição ou por sua libertação. O presidente do Supremo esquivou-se. "Vamos aguardar o processo ser levado a julgamento pelo relator ministro Cesar Veloso", afirmou Mendes.

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