
No segundo dia do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do esquema que ficou conhecido como mensalão, os advogados de defesa mantêm a estratégia dos colegas no primeiro dia e tentam desqualificar a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.
No primeiro dia, foram ouvidos os advogados de 21 dos 40 denunciados pelo procurador-geral.
Na quarta-feira, antes dos advogados, falaram o ministro do STF Joaquim Barbosa, relator do processo, e o procurador-geral da República. Antonio Fernando defendeu que o processo seja transformado em ação penal no STF e reiterou todas as 40 denúncias apresentadas. Segundo ele, os denunciados tiveram conduta "típica do submundo do crime".
Primeiro a falar nesta quinta-feira, o advogado Marcelo Luiz Ávila Bessa, que defende o ex-deputado federal do PL Bispo Rodrigues e o ex-presidente do partido Valdemar da Costa Neto negou as acusações contra os seus clientes. De acordo com o advogado, o procurador agiu apressadamente na formulação do processo com o intuito de dar uma resposta rápida "ao clamor da ruas".
Em seguida, foi a vez da defesa dos irmãos Lamas. Seu advogado fez um apelo no plenário pedindo que "se separe o joio do trigo" , uma vez que seus clientes "são inocentes mensageiros, e não mensaleiros".
A defesa de Roberto Jefferson, seguindo as anteriores, também tentou desqualificar o processo de acusação. Seu advogado, Luiz Francisco Barbosa, alegou que seu cliente deveria ser testemunha de acusação, e não réu.



