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Brasília

Supremo abre inquérito para investigar deputada Jaqueline Roriz

Deputada aparece em vídeo recebendo dinheiro de pivô de mensalão. Defesa da deputada informou que só se manifestará após perícia de vídeo

Deputada Jaqueline Roriz, em imagem de fevereiro de 2010 | Valter Campanato / Agência Brasil
Deputada Jaqueline Roriz, em imagem de fevereiro de 2010 (Foto: Valter Campanato / Agência Brasil)

O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (14) a abertura de inquérito para investigar a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN–DF).

A deputada aparece ao lado do marido, Manoel Neto, em um vídeo no qual o casal recebe um pacote de dinheiro das mãos de Durval Barbosa, pivô do escândalo de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.

No decisão, o ministro do STF admite que há indícios de que a deputada teria praticado crime. "Diante da existência de indícios da prática de crime pela investigada, determino o prosseguimento do inquérito e defiro as diligências requeridas pela Procuradoria-Geral da República", afirmou o Barbosa.

A defesa da deputada afirmou ao G1 que só vai se pronunciar sobre o caso depois de feita a perícia do vídeo e quando tiver conhecimento do "inteiro teor da gravação".

O inquérito foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). A deputada tem foro privilegiado e, portanto, é necessária a autorização do STF para que ela seja investigada.

Em nota, divulgada nesta segunda, Jaqueline Roriz admitiu ter recebido recursos financeiros para a campanha à deputada distrital, em 2006, que não foram devidamente contabilizados na prestação de contas. Ela também informou que solicitou licença médica de cinco dias à Câmara.

No pedido, encaminhado ao STF na última quinta-feira (10), Gurgel se baseou nas imagens do vídeo e em depoimento de Durval Barbosa ao Ministério Público Federal do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Barbosa autorizou também o pedido da PGR para que seja colhido o depoimento da deputada e seja feita perícia e a degravação do vídeo. A Polícia Federal terá 30 dias para fazer essas diligências.

Terminada essa fase de investigação, o Ministério Público Federal poderá apresentar denúncia contra a parlamentar, e o STF decidirá se aceita ou não.

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