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distrito federal

Supremo pede parecer da PGR sobre afastamento de deputados distritais

Citados em mensalão do DEM estão afastados da análise de impeachment. Câmara Legislativa recorreu da decisão de 1ª instância ao TJ-DF e STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, solicitou nesta terça-feira (9) parecer da Procuradoria-Geral da República sobre a ação da Câmara Legislativa do DF que pede a reintegração de deputados distritais às atividades relativas aos processos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). A PGR não tem prazo para se manifestar sobre o tema.

Depois de recorrer ao Tribunal de Justiça do DF e ter o pedido negado, a Câmara Legislativa entrou, na última quinta-feira (4), com ação no STF para suspender a decisão da 7ª Vara de Fazenda Pública que afastou do julgamento de impeachment os oito deputados envolvidos no mensação do DEM de Brasília.

A ação protocolada pela Corregedoria-Geral da Casa pede que a decisão de afastar os parlamentares seja revisada. A Câmara argumenta que houve "lesão à ordem pública" .

Enquanto a questão não for analisada, permanecerá válida a ordem do juiz Vinicius Santos Silva, que determinou a convocação dos suplentes dos deputados citados no inquérito que apura o suposto esquema de propina a aliados do governador.

"A lesão à ordem pública no caso é evidente. A tutela antecipada concedida pelo juiz da 7ª Vara feriu, de uma só vez, a competência para afastar deputados de suas atribuições constitucionalmente deferidas, independência do Legislativo, o sufrágio popular e mais uma série de princípios jurídicos", destaca trecho da ação protocolada pela Câmara.

O escândalo que envolve o governador, parlamentares e empresários começou no dia 27 de novembro de 2009, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados. Repasses de dinheiro foram registrados em vídeos e entregues à PF por Durval Barbosa, um ex-secretário do governo Arruda, que denunciou o esquema.

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