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Protógenes é suspeito de ter ligações com Idalberto Matias Araújo, vulgo Dadá, considerado braço direito de Carlinhos Cachoeira. | Antônio Cruz / Agência Brasil
Protógenes é suspeito de ter ligações com Idalberto Matias Araújo, vulgo Dadá, considerado braço direito de Carlinhos Cachoeira.| Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

O Ministério da Justiça informou neste sábado (7) que o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz ainda não foi oficialmente afastado de suas funções. O pedido de afastamento foi feito pela Corregedoria da Polícia Federal, que encaminhou o caso para a consultoria jurídica do ministério.

Segundo a assessoria do ministro da Justiça, Tarso Genro, a consultoria vai produzir um parecer sobre o caso. Depois, o documento será enviado ao ministro, que tem a palavra final sobre o assunto. Em geral, o ministério acata a análise feita pela consultoria jurídica.

Segundo a assessoria do Ministério da Justiça, o pedido de suspensão se deve à conclusão de um dos processos administrativos a que o delegado responde. O ministério não soube informar o teor do processo que gerou o pedido de suspensão.

Na sexta-feira à noite, o delegado chegou a afirmar que havia sido demitido da Polícia Federal por ter participado de um suposto comício eleitoral em Poços de Caldas (MG). Na mesma noite, o Ministério da Justiça negou que ele tivesse sido demitido.

Protógenes ficou conhecido por ser o responsável pela Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantes, o megainvestidor Naji Nahas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e outras 17 pessoas em dezembro de 2008. O delegado foi acusado de abusos durante as diligências da operação, que investigou crimes contra a ordem financeira. Entre acusações contra Protógenes estão vazamento de informações sigilosas e realização de escutas telefônicas sem autorização judicial, o que ele sempre negou.

Quando ainda havia a informação de que ele já havia suspenso, Protógenes disse que iria recorrer da decisão "Ainda que seja suspensão, eu não sou bandido", afirmou. "Ainda existem juízes dignos e honestos neste país."

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