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 | LUCIO BERNARDO JR/Câmara dos Deputados
| Foto: LUCIO BERNARDO JR/Câmara dos Deputados

Em mais um recuo na ideia de enxugar o número de ministérios, o vice-presidente Michel Temer deve entregar uma terceira pasta à bancada do PMDB na Câmara para assegurar o apoio dos 68 deputados do partido. Além do Ministério do Desenvolvimento Social, já prometido ao deputado Osmar Terra (PMDB-RS), a bancada ficará com Esporte, que será ocupado pelo líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e com a pasta de Aviação Civil, que deverá ser comandada pelo deputado José Priante (PMDB-PA).

Inicialmente, Temer desejava fazer uma composição que reservasse apenas dois ministérios à bancada do PMDB, com o argumento de que era preciso atender às demandas dos outros partidos da base, pois o PMDB já ocupava as presidências da Câmara e do Senado. O vice ofereceu Desenvolvimento Social para Osmar Terra, integrante do grupo oposicionista do partido, que desde o início defendeu o impeachment, e o Ministério do Esporte a Picciani.

Mas, os deputados bateram o pé, afirmando que a eventual nomeação de Picciani para Esporte somente atenderia ao PMDB do Rio de Janeiro, ligado ao presidente da Alerj, Jorge Picciani, ao prefeito Eduardo Paes e ao ex-governador Sérgio Cabral. Seria necessário, portanto, entregar um terceiro ministério para satisfazer a ala majoritária do partido na Câmara para compensar a perda dos ministérios da Saúde, oferecido ao PP, e da Ciência e Tecnologia, que pode ser entregue ao PRB.

O vice-presidente havia planejado fundir as secretarias de Portos e de Aviação Civil ao Ministério dos Transportes, que será comandado pelo deputado Maurício Quintella (PR-AL), como antecipou O GLOBO na quinta-feira. Mas, com as cobranças dos partidos por cargos, Temer decidiu recuar e deverá colocar o ex-ministro Hélder Barbalho em Portos, por indicação do PMDB no Senado, e Priante na Aviação Civil.

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