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Código florestal

Temer diz que agora só falta “obter votos”

Presidente em exercício diz em visita ao Paraná que governo já tem consenso sobre quais mudanças quer aprovar na lei ambiental

 | Gilberto Abelha/Joanl de Londrina
(Foto: Gilberto Abelha/Joanl de Londrina)

O presidente da República em exercício, Michel Temer, falou ontem em visita ao Paraná que o governo federal já tem um consenso sobre quais devem ser as mudanças no Código Florestal. Temer disse que a partir de agora o Planalto vai tentar "obter a votação" necessária para aprovar as modificações.

As declarações foram feitas durante a passagem do vice-presidente pela 51.ª Exposição Agro­pecuária e Industrial de Londrina (ExpoLondrina). Acompanhado pelo governador Beto Richa (PSDB), Temer visitou estandes e falou para a plateia sobre vários temas, como a produção agropecuária do país e o Código Florestal. Temer responde interinamente pela Presidência devido à viagem da presidente Dilma Rousseff à China.

Ao lado do ministro da Agricul­tura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, Temer garantiu que praticamente todos os pontos de desacordo que havia dentro do governo sobre o Código Florestal foram solucionados. "Chegamos a uma hipótese de conciliação e, a partir de agora, o governo entra oficialmente nessa questão para obter a votação".

De acordo com Temer, a questão da área de proteção às margens dos rios foi um dos pontos solucionados. O Ministério do Meio Ambiente concordou em reduzir para 15 metros a área de proteção permanente às margens já degradadas dos rios de até 10 metros de largura. Por outro lado, a Agri­cul­tura aceitou manter os 30 metros nas margens hoje preservadas.

A questão da anistia a desmatamentos já realizados, porém, parece ainda ser o grande ponto de desacordo. Sobre isso, Rossi ressaltou o princípio da temporalidade da lei. "Querem punir criminalmente o produtor que foi incentivado por lei a derrubar florestas para plantar. Querem que ele tire 20% da terra que está produzindo para plantar florestas. Isso é piada".

Segundo Temer, as questões mais polêmicas devem receber emendas no plenário. "Se houver manifestações que não sejam frutos do acordo que está sendo feito agora, o governo apresentará uma ou outra emenda". Ele prevê que o código seja votado antes de 11 de junho, quando expira a vigência do decreto presidencial 7.029/09, que suspende as punições aos produtores rurais que desrespeitaram as leis ambientais. "Ultrapassado esse prazo, muita gente entra na ilegalidade. Nós queremos colocá-los na legalidade e começar a aplicar a nova legislação", afirmou.

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