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Presidente Michel Temer reclamou da oposição que lança “inverdades” sobre a PEC do Teto | Carolina Antunes/PR
Presidente Michel Temer reclamou da oposição que lança “inverdades” sobre a PEC do Teto| Foto: Carolina Antunes/PR

O presidente da República, Michel Temer, afirmou na manhã desta segunda-feira (10) em entrevista à Rádio Estadão que o governo não está trabalhando com a hipótese de não aprovação da PEC do Teto dos gastos públicos.

“Não pensamos em plano B, apenas no plano A. Vamos esperar o que vai acontecer na votação, mas é perfeitamente possível aprová-la”, afirmou.

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Apesar da afirmativa, o presidente sinalizou que se a medida não for aprovada, a única alternativa que o governo dispõe para equacionar as finanças do país é por meio do aumento de impostos.

Temer citou que os opositores tem alardeado um eventual aumento de impostos, de recriação da CPMF, mas garantiu que no momento todos os esforços de sua gestão estão concentrados na aprovação da PEC do teto dos gastos. “Não falamos mais nisso [CPMF], vamos contornar a situação com a aprovação da PEC do teto dos gastos”, reiterou.

Na entrevista, Temer afirmou que o governo tem se esforçado para divulgar a necessidade de se aprovar a PEC, mas admitiu que existem grupos de oposição que lançam “inverdades” sobre o projeto, especialmente com acusações de que haverá corte nos recursos para saúde e educação.

Nesse ponto, o presidente voltou a defender sua tese da pacificação nacional, afirmando que o Brasil não pode mais continuar dividido. “Não vamos governar para uma área só, como se fez por muito tempo nesse país”, comentou.

Temer explicou que seus ministros estão se reunindo com sindicatos e inclusive movimentos de esquerda, como o MTST, liderado por Guilherme Boulos. “São movimentos que têm sua expressão e nós vamos conversar, dialogar, asfaltar o caminho. Vamos conversar com todos os setores que estiverem dispostos. Isso é fundamental para termos unidade, pacificação”.

Temer lembrou a fala de um senador que, quando o governo interino tinha quase dois meses no poder, atribui-lhe os 12 milhões de desempregados no país. “Eu não levo em conta isso, vejo com tranquilidade. O que interessa são programas que possam tirar o país da crise”. O presidente lembrou, no entanto, que isso não vai acontecer de uma hora para a outra. “Não vamos pensar que tomamos uma medida hoje e amanhã está tudo azul. Ainda vai levar algum tempo”.

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