Em um gesto político que representa a tentativa de harmonia no PMDB do Paraná, Michel Temer presidente da sigla e vice-presidente República vai reunir o senador Roberto Requião e o ex-governador Orlando Pessuti na mesma sala. O partido indica que a reunião com os correligionários já foi aceita por ambos e deve acontecer na próxima terça ou quarta-feira. Na pauta, a tentativa de um acordo entre os dois possíveis pré-candidatos ao governo do estado para que o PMDB tenha um concorrente próprio.
A executiva nacional do partido tem interesse no estado e tenta unir as duas alas divergentes. A costura entre Requião e Pessuti está sendo feita por Rodrigo Rocha Loures, que é o único integrante do Paraná na executiva nacional do PMDB. Ele, que milita pela candidatura própria, afirma que tem "lugar para todo mundo" na composição de uma chapa pura.
"A candidatura própria é muito desejada. Queremos que os dois se reúnam, tenham uma conversa e encontrem uma fórmula para a composição da chapa", afirma Loures, que diz que a executiva nacional não vai dar direcionamento sobre quem deve tentar o cargo de governador.
A decisão do PMDB sobre qual caminho tomar nas eleições de outubro serão definidoras do pleito porque criam a possibilidade do segundo turno. Os delegados do partido estão divididos: há quem queria apoiar a reeleição de Beto Richa; outro grupo é favorável à candidatura própria, mas aí haveria uma disputa entre Requião e Pessuti. A convenção estadual do PMDB está marcada para 20 de junho.
Reta final
O Paraná já tem cinco pré-candidatos ao governo, mas o quadro para as eleições de outubro ainda está confuso. Por ora, Beto Richa (PSDB), Gleisi Hoffmann (PT), Silvio Barros (PHS), Rodrigo Tomazini (PSTU) e Bernardo Pilotto (PSol) já definiram que serão candidatos. Rosane Ferreira (PV) e Joel Malucelli (PSD) lutam por apoio para a candidatura própria.
No time dos indecisos há partidos que servirão de apoio, mas que ainda não estão certo do que fazer. A maior parte dos presidentes de partidos prefere não ser taxativa com relação ao que o grupo quer e argumentam que ainda há tempo para discussões sobre cargos e apoio. Pela legislação eleitoral, os partidos têm de decidir o posicionamento entre os dias 10 e 30 de junho.



