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Acusação

Testemunha do caso Gil Rugai foi ameaçada, diz promotora

A promotora Mildred de Assis Gonzales, do 5º Tribunal do Júri, criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de conceder hábeas-corpus ao ex-seminarista Gil Rugai, acusado de matar a tiros o pai e a madrasta em 28 de março de 2004. Segundo a promotora, a principal testemunha do caso, o vigia de rua Domingos - que afirma ter visto, após uma seqüência de tiros, o ex-seminarista sair da mansão onde as vítimas moravam -, está vivendo com a família sob proteção porque foi ameaçado de morte.

- O Supremo está longe da nossa realidade, dos ideais da sociedade, que está com a criminalidade batendo à sua porta. Onde estão os valores. O acusado é solto e a testemunha continua presa - disse.

Mildred diz que não há mais nenhum recurso legal para que Gil Rugai retorne à prisão. A única maneira, segundo ela, seria ele tentar fugir.

Cabisbaixo, Gil Rugai, de 23 anos, deixou às 18h50m desta quarta-feira o Cadeião de Pinheiros, onde estava preso. O ex-seminarista saiu acompanhado de seus advogados e não falou com a imprensa. Na terça-feira, os ministros do STF entenderam que havia excesso de prazo na prisão cautelar, já que ele estava preso preventivamente desde 7 de abril de 2004.

- A sua soltura é um passo importante para demonstrar a sua inocência. Mas não é ainda uma vitória. Gil Rugai espera da Justiça a apuração correta, imparcial dos fatos e que a autoridade policial encontre o verdadeiro homicida - disse o advogado Fernando José da Costa.

Costa afirmou que entrou no Tribunal de Justiça com recurso, requerendo a nulidade do processo para que Gil não vá a júri popular. Para ele, 'o processo é nulo, a denúncia é inepta e não descreve os fatos praticados.'

Com discurso inflamado, Costa disse que, caso Gil Rugai seja mandado a júri, será lá que a defesa irá provar a inocência dele, contestando cada uma das perícias.

- Em tese, o Ministério Público aponta estas perícias como favoráveis à condenação, mas eu afirmo que são favoráveis à defesa, à inocência dele. O laudo do pé é uma prova excepcional e é nele que será demonstrada a inocência.

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