O presidente interno do Senado, Tião Viana (PT-AC) confirmou nesta segunda-feira (12) que pretende votar em plenário no próximo dia 22 o processo de cassação contra o presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). "Já que Jefferson Péres [o relator] assegura que apresenta o relatório no máximo depois de amanhã, vou fazer um apelo aos senadores para que estejam em plenário no dia 22", disse Viana, ao chegar no gabinete no Senado.
O Conselho de Ética recebe na terça-feira (13) três testemunhas da representação, relatada pelo senador Jefferson Péres (PDT-AM), em que o peemedebista é acusado de manter sociedade por meio de intermediário (laranjas) em duas emissoras de rádio e em um jornal no Estado de Alagoas.
Devem prestar depoimento em sessão secreta Carlos Santa Rita (apontado como um dos supostos laranjas de Renan), Nazário Pimentel (antigo proprietário de O jornal) e o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB), aliado de Renan Calheiros.
Só depois que estes depoimentos forem prestados, o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), marcará a reunião do órgão disciplinar para a apresentação do relatório. "É muito provável que seja nesta quarta [14]. O senador Jefferson Péres traçou um calendário. Esse calendário aponta para o dia 14. Ele quer cumprir este prazo", disse Quintanilha ao G1.
CPMF
O presidente interino do Senado ainda confirmou que espera para esta terça-feira (13) a votação do relatório da senadora Kátia Abreu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que pede a extinção da CPMF. "Agora, vamos ter a primeira decisão. Os debates foram de afirmações políticas e as posições ficaram mais incisivas. Cabe a serenidade e a capacidade de diálogo", disse.
Viana ainda espera um luta regimental entre governo e oposição quando o debate sobre a prorrogação do imposto do cheque chegar ao plenário. Para o presidente da Casa, é certo que Democratas apresentará emendas de plenário para que o tema volte à CCJ. "É um processo legítimo do jogo que os Democratas busquem isso", avalia.
Neste caso, a matéria segue ao plenário nesta terça. Imediatamente, a oposição apresentará emendas de plenário, que necessitam do apoio de 27 senadores. O resultado regimental é uma nova análise da matéria na comissão de justiça por um novo prazo de 30 dias. Neste caso, a proposta só pode ser levada para votação em plenário na metade de dezembro.



