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Críticas

Tião Viana critica omissão do Congresso para votar reforma política

Presidente interino do Senado disse que decisões da Justiça são "culpa do Congresso". TSE decide nesta terça (16) futuro de mandatos majoritários

O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), criticou nesta terça-feira (16) o próprio Congresso Nacional pelo que tratou como omissão para votar a reforma política. Ele respondia aos questionamentos sobre as decisões da justiça, relativas à fidelidade partidária. "Eu não gosto deste acontecimento. Lamento que a culpa seja nossa e não do Supremo Tribunal Federal", disse o presidente interino da Casa.

Nesta terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral decide as regras de fidelidade partidária para os políticos eleitos aos cargos majoritários (senadores, governadores, prefeitos e presidente da República). Em setembro, o STF decidiu que os mandatos parlamentares pertencem aos partidos, e não aos candidatos.

Tião Viana anunciou que existe a possibilidade de retomar o debate sobre a reforma política, mas ressaltou que depende de entendimento entre os líderes partidários. Na Câmara, houve quatro tentativas de se votar a reforma neste ano, mas nenhuma prosperou.

Sucessão

O presidente interino do Senado ainda reafirmou que não deseja tratar da sucessão de Renan Calheiros (PMDB-AL), enquanto a licença do peemedebista de 45 dias estiver em vigor. Viana revelou a interlocutores que não dará qualquer "passo em falso", que possa desagradar o PMDB, principal partido do Senado e que tem a prerrogativa de indicar um nome para a função. "Tem muito caçador de perdiz na Casa. Quando o primeiro voar, eles atiram", disse o petista.

Por enquanto, a conversa sobre a sucessão de Renan corre pelos bastidores do Senado. O único parlamentar que já tratou abertamente do assunto foi o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), que ‘vetou’, da tribuna do plenário na segunda (15), os nomes de Roseana Sarney (PMDB-MA) e José Sarney (PMDB-AP) para a vaga de Renan Calheiros. O alagoano admite para aliados que não pretende retomar a cadeira de abdicou na última quinta-feira (11).

Tião Viana descartou que seja candidato à vaga, mesmo que houvesse um apelo do PMDB para que o petista fosse o candidato da base do governo. "Não vou entrar nessa hipótese, porque senão vamos entrar no debate sucessório. Eu não sou candidato em hipótese alguma", disse.

Mas o senador já trabalha nos bastidores para montar sua equipe na Presidência da Casa. Ele não deve ocupar a residência oficial, ainda ocupada por Renan (o peemedebista já avisou Tião que deve alugar em breve um apartamento). No entanto, promove mudanças de servidores no gabinete. "Não tenho a pretensão de fazer mudanças que causem instabilidade", assegura.

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