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Washington Post

Trabalho com prostitutas na prevenção à Aids desagrada os EUA

O trabalho de prevenção contra a Aids realizado por prostitutas no Brasil, com o apoio do Ministério da Saúde, está afastando a ajuda americana ao combate à doença, informou nesta quinta-feira reportagem do "Washington Post", com o título de "Onde as prostitutas também lutam contra a Aids".

O jornal diz que o governo americano "desaprova fortemente métodos heterodoxos" de prevenção contra a doença. "Duas semanas atrás, o Brasil recebeu uma carta da USAID (agência do governo americano de ajuda a outros países) declarando o país inelegível para a renovação de uma doação de U$ 48 milhões para prevenção contra a Aaids". O motivo da declaração é que os Estados Unidos pedem para todos os países que recebam fundos contra a doença para declarar formalmente que a prostituição é degradante, o que o Brasil não fez.

A reportagem cita dados do governo brasileiro informando que a parceria com prostitutas foi fundamental para que o trabalho de prevenção e tratamento contra a Aids no Brasil fosse declarado pela Organização das Nações Unidas o mais bem-sucedido entre países em desenvolvimento. "Há pelo menos 600 mil pessoas infectadas com o HIV no Brasil, mas isso é apenas metade do número que o Banco Mundial previra uma década atrás", cita o jornal.

A reportagem também conta que no antes do carnaval no Rio, "preservativos grátis eram dados como doces como parte do objetivo de distribuir 25 milhões deles" antes da festa. "O Brasil tem mais católicos romanos do que qualquer outro país, e a Igreja, às vezes, critica os programas governamentais. Mas os líderes da Igreja não presssionam. A idéia de enfatizar abstinência como a base dos esforços preventivos - adotada oficialmente pelos Estados Unidos - não se desenvolveu aqui", notou o correspondente no Brasil do jornal.

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