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DNA vai provar se crânio é de Priscila

Nesta segunda-feira (13), o crânio encontrado em Vila Lage, em Neves, em São Gonçalo, será encaminhado ao laboratório de DNA da Polícia Civil. Amostras de sangue da mãe de Priscila, Jovita Belfort, e do irmão Vitor Belfort, serão confrontadas com o material genético do crânio. O resultado deverá sair em 30 dias.

"Não acredito que este crânio seja de Priscila. Ele foi encontrado muito tempo depois, num lixão, muito distante do sítio onde Elaine disse que a vítima foi executada. Mas como se trata de uma informação que chegou através do Disque-Denúncia, não estou descartando qualquer hipótese. Todas as informações estão sendo investigadas", garantiu Anestor.

Crânio perfurado a bala

A polícia do Rio de Janeiro encontrou um crânio perfurado a bala em São Gonçalo, na Região Metropolitana, que poderia ser da estudante Priscila Belfort. Ele teria sido abandonado por um motoqueiro, de acordo com o Disque-Denúncia.

Na última sexta-feira (10), o irmão da vítima, Vitor Belfort, pediu em entrevista coletiva que os brasileiros fizessem denúncias e se mostrou confiante no trabalho da polícia e do Ministério Público. Sobre a confissão de Elaine Paiva da Silva, o lutador considerou a versão uma "meia-verdade".

"Ninguém é louco de assumir um crime hediondo como ela assumiu. Acredito que ela (Elaine) está envolvida, mas que não falou a verdade. Ela foi muito inteligente de ter ido ao Ministério Público", avaliou.

A transferência de carceragem da secretária Elaine Paiva da Silva, presa após confessar ter participado da morte da universitária Priscila Belfort, desaparecida desde janeiro de 2004, impediu que ela fosse ouvida pelo delegado Anestor Magalhães, da 75º DP (Rio D' Ouro). O depoimento estava previsto para segunda-feira (13).

A secretária estava na carceragem da 72ª DP (São Gonçalo), na Região Metropolitana, até sexta-feira passada, mas foi transferida para a da 53ª DP (Mesquita), na Baixada Fluminense. Elaine foi transferida depois de uma discussão no pátio no horário do banho de sol com outra presa, Silvana Luíza de Oliveira Lopes, também envolvida no desaparecimento, mas o delegado não foi avisado.

O delegado pretende voltar a ouvir Elaine para desfazer contradições de seu primeiro depoimento. Ele espera ainda que ela indique o paradeiro de outros três integrantes da quadrilha, que estão foragidos.

Quebra de sigilo

Anestor Magalhães também aguarda o resultado da quebra de sigilo telefônico de Elaine, solicitado à operadora telefônica, e o exame do DNA que pode definir se o crânio localizado no último sábado seria de Priscila. Priscila Belfort desapareceu no dia 9 de janeiro de 2004. Elaine, que se apresentou à polícia no último dia 3 de agosto, contou que a vítima foi seqüestrada para forçar o pagamento de uma suposta dívida de drogas com traficantes do Rio de Janeiro. Elaine contou que matou Priscila, com quatro tiros, num sítio em Rio D´Ouro, em São Gonçalo, em junho de 2004. A mãe da estudante, no entanto, nega que a filha fosse usuária de drogas.

"As primeiras informações prestadas em depoimento foram confirmadas. Mas há outras que não procedem, como o fato de um comparsa ter sido baleado num confronto, numa determinada data. O endereço dele que ela nos forneceu não confere. Além do mais nunca houve esse confronto. Também não conseguimos localizar outros suspeitos de integrar a quadrilha", disse o delegado.

Além de Elaine, estão cumprindo prisão temporária Ailton da Silva Lopes, Hugo de Oliveira Lopes e Silvana Luíza de Oliveira Lopes. Eles foram apontados por Elaine, em seu depoimento, como integrantes da quadrilha que seqüestrou Priscila.

O delegado disse ainda que aguarda o relatório da operadora de celular da qual Elaine é cliente confirmar que ela realmente fez contato com Priscila. Como este procedimento é complicado, ele acredita que só terá uma resposta no fim desta semana.

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