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O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) indeferiu, nesta quinta-feira (23), o pedido de afastamento imediato do vereador Professor Galdino da Câmara Municipal de Curitiba feito pelo Partido Verde (PV). O processo de perda do mandato por infidelidade partidária contra o vereador ainda será julgado pela corte do TRE. Galdino foi expulso do PV em 17 de março, acusado de caixa dois e assédio sexual contra uma funcionária.

O partido entrou com o processo para reaver a vaga de Galdino na semana passada. O partido sustenta o vereador só foi eleito graças aos votos recebidos pela legenda e se baseia na resolução 22.526 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que definiu que os mandatos pertencem aos partidos.

A decisão do juiz Auracyr Azevedo de Moura Cordeiro, relator do processo, não concedeu a liminar, pedida pelo partido, para que Galdino deixasse a Câmara até o julgamento do processo. No lugar dele assumiria o primeiro suplente do PV, o ex-vereador Paulo Salamuni. Todo o processo de julgamento pela corte do TRE pode demorar até dois meses.

O partido havia pedido ao presidente da Câmara de Vereadores de Curitiba, João Claudio Derosso (PSDB), o afastamento imediato de Galdino. Derosso, porém, negou o pedido e disse que aguardaria a decisão do TRE sobre o caso. A assessoria de imprensa do Professor Galdino informou que ele ainda não recebeu nenhuma notificação do TRE. O vereador pretende apresentar a sua defesa assim que for os juízes solicitarem.

Expulsão

O processo para expulsão começou quando o vereador exonerou dois funcionários indicados pelo PV para seu gabinete. Segundo Galdino, o líder do PV Jovem Raphael Rolim e a telefonista Rosana Souza ao invés de trabalhar para Câmara, prestavam serviços ao partido.

O PV afirma que o motivo da expulsão de Galdino é uma denúncia de assédio sexual. A ex-funcionária da Câmara Kátia Rosana Curtis de Mello acusou o vereador de pedir que ela fizesse sexo oral nele. Kátia contou, em entrevista coletiva na quinta-feira, que foi assediada por Galdino em dezembro.

Ela, porém, só registrou o boletim de ocorrência contra o vereador poucas horas antes da entrevista. A ex-funcionária disse que resolveu fazer a denúncia agora por ter ficado sabendo de outros casos de assédio que envolveriam o parlamentar.

Segundo a ex-funcionária, o vereador fazia brincadeiras e gestos com conotações sexuais para ela. Kátia então teria pedido para sair do emprego, mas ele não teria aceitado o afastamento. "Ele me ofereceu um salário de R$ 5 mil para ficar, mas eu não quis", afirmou.

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