Três estados estão sendo alvo de uma campanha de prevenção ao tráfico de pessoas desenvolvida em conjunto pelo Ministério das Justiça e o escritório das Nações Unidas contra drogas e crimes durante este Caranval: Rio de Janeiro, Ceará e o Goiás. A campanha é voltada principalmente a profissionais do sexo, que receberão além de preservativos e porta-camisinhas, panfletos com dicas sobre como evitar o aliciamento por parte das redes de tráfico de pessoas.
No Rio estarão sendo distribuídos cerca de 2 mil preservativos pela Avenida Atlântica, em Copacabana, e outras áreas com grande concentração de foliões por equipes do Projeto Trama - um consórcio de ONGs que atuam no enfrentamento do tráfico de pessoas. No Ceará, a campanha conta com o apoio da Associação das Prostitutas do estado que fará a distribuição de 30 mil a suas associadas. Durante o Carnaval, panfletos e cartazes serão distribuídos.
Em Goiás, onde é mais freqüente a atuação de quadrilhas de aliciamento de prostitutas para trabalhar no exterior, serão distribuídos 30 mil porta-camisinhas e 60 mil panfletos em 25 municípios - pólos de turismo e de grande concentação de pessoas. ONGs também estão distribuindo panfletos em rodovias, postos de gasolina e locais de prostituição. As principais vítimas destas quadrilhas são mulheres jovens (entre 18 e 21 anos) e com baixa escolaridade e os principais destino são Itália, Espanha e Portugal.
Os panfletos sugerem cautela em relação a ofertas de trabalho no exterior que prometem uma vida melhor fora do país. Para as mulheres que decidirem deixar o Brasil, o material recomenda não entregar o passaporte a ninguém, manter contato com os familiares e ter sempre os telefones da embaixada ou consulado brasileiro no país de destino. Quem quiser denunciar aliciamento de mulheres com fins de exploração sexual pode ligar para os seguintes telefones: 0800-99-0500 e 0 (xx) 61 3311-8705 / 0 (xx) 61 3311-8270. O Ministério da Saúde doou 100 mil preservativos para a ação. A campanha conta ainda com o apoio dos governos do Ceará e de Goiás e diversas ONGs.
