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PF prende políticos e empresários acusados de fraude em licenças ambientais

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Das 17 pessoas presas na capital catarinense nesta quinta-feira durante a Operação Moeda Verde , apenas 14 passaram a noite na sede da Polícia Federal. Entre elas, o vereador Juarez Silveira (sem partido), apontado como o líder do grupo. Ele teve que receber atendimento médico no prédio da superintendência da PF.

Os três presos liberados prestaram depoimentos ainda na noite desta quinta-feira e receberam o alvará de soltura. São eles: o secretário de Obras de Florianópolis, Aurélio Remor; o dono do Colégio Energia, Percy Haensch; e a arquiteta do Shopping Iguatemi, Margarida Emília Milani de Quadros.

A Polícia Federal prepara ainda a trasferência de cinco presos da Operação Moeda Verde para o presídio masculino de Florianópolis, por falta de espaço na carceragem da PF em Florianópolis, onde estão detidas 14 pessoas. Seguirão para o presídio o ex-vereador André Luiz Dadam, o secretário de Urbanismo Renato Juceli de Souza, o engenheiro Rubens Bazzo, também da secretaria de Urbanismo, seu filho Rodrigo Bleyer Bazzo e o funcionário municipal Marcelo Vieira Nascimento.

Dos 22 mandados de prisão expedidos pelo juiz da Vara Federal Ambiental de Florianópolis, Zenildo Bodnar, três deixaram de ser cumpridos porque os citados não foram encontrados. São eles: o vereador eleito e atual presidente da Santa Catarina Turismo (Santur); Marcílio Ávila, o empresário Paulo Cezar Maciel da Silva, sócio do Shopping Iguatemi; e o médico Sérgio Lima de Almeida, do grupo Vita. A PF espera que eles compareçam nesta sexta-feira na superintendência para prestar depoimento. Duas pessoas foram presas em Porto Alegre.

Um cartaz com os dizeres "Obrigado Polícia Federal, os cidadãos de bem agradecem" foi colocado durante a noite na sede da PF em Florianópolis.

A Operação Moeda Verde foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira e prendeu suspeitos de envolvimento em um esquema de vendas de licenças ambientais para empreendimentos imobiliários na Ilha de Santa Catarina. Entre os detidos estão seis servidores públicos, dois vereadores, três secretários municipais e vários empresários da construção civil.

Segundo a delegada responsável pela operação, Júlia Vergara, o esquema teria mudado até as leis do município.

- A gente tem indícios fortes de mudanças no plano diretor do zoneamento da cidade para favorecer empresários - afirma a delegada.

A delegada afirmou que as investigações começaram há nove meses e tinham como alvo inicial um empreendimento em Jurerê Internacional, no norte da Ilha de Santa Catarina. A partir daí, foram investigados pelo menos outros três empreendimentos de grande porteconstruídos em mangues, restingas e áreas de marinha da Ilha. Todos foram licenciados de forma irregular através de "vantagem indevida".

- Constatamos pagamento de valores em espécie, troca de favores entre órgãos públicos e uso de carros que configuram vantagem indevida - disse Júlia Vergara.

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